Atualmente, o PlayStation 5 tem cerca de dez meses de lançamento. Desde que chegou às lojas, em novembro do ano passado, se tornou um item de desejo – o que fez com que ficasse bastante difícil de encontrar nos meses seguintes, devido à falta de estoque.

Para resolver a questão, a Sony passou a enviar para lojas online estoques mensais de consoles, tudo para suprir a alta demanda. Mas imagine que você compra dois PS5 e os dois travam sem motivo algum em um dia atípico. Foi o que aconteceu com um usuário do Reddit.

Ele afirmou que teve dois consoles PlayStation 5 “bricados” em uma noite de tempestades. O curioso disso é que o usuário afirma que os consoles não estavam ligados – e nem em modo de repouso – estavam apenas conectados à tomada com um filtro de linha que tinha outros aparelhos ligados. Porém, nenhum outro dispositivo foi danificado.

One for me and one for my wife. Both got bricked by a local thunderstrike yesterday evening ?
byu/yawran inplaystation

Isso levanta uma bandeira vermelha sobre o quão sensível pode ser o console. Sebastião “Seba” Vieira, dono de um PS5 há cerca de cinco meses, disse que quedas de energia já aconteceram três vezes enquanto ele usava o console, mas que, ao ligar novamente, o dispositivo fez “aquela sincronização automática dos dados e dos saves. Não aconteceu de nenhum dado ficar corrompido”, comenta. E acrescenta: “ainda não, pelo menos”, diz, aliviado.

Quando questionado se utiliza alguma proteção para impedir danos ao console, ele afirma que não, que o videogame “é conectado direto na tomada. Só o desligo completamente quando não estou usando. Não deixo no modo de repouso”. Seba diz que faz isso por medo de acontecer algo ao PS5 durante a noite.

PlayStation 5

Foto: Hello I’m Nick/Unsplash

Como os acontecimentos relatados por Seba são procedimentos “comuns” da Sony, procuramos a empresa para entender o que pode ter acontecido no primeiro caso. A empresa não quis se pronunciar sobre o assunto.

O que consta no manual do PlayStation 5?

Por conta disso, analisamos o manual enviado aos consumidores junto do PlayStation 5. Não há muitas pistas sobre a situação citada no Reddit. No entanto, a empresa dá algumas dicas de como agir caso o console apresente algum comportamento anormal.

Segundo a própria Sony, o usuário deve sempre inspecionar o cabo de energia do console em busca de partes danificadas. Caso encontre algo de diferente, o uso deve ser imediatamente interrompido.

PlayStation 5

Foto: Tamara Bitter/Unsplash

Além disso, a empresa desencoraja o uso de um cabo de alimentação diferente do que está incluso no pacote do PlayStation 5. Impedir que o cabo seja pisado ou prensado em alguns pontos, especialmente no plugue, também pode garantir que o videogame não apresente problemas.

Por fim, o console não deve ser conectado a um transformador de tensão ou inversor – apesar disso, o manual não cita nenhuma informação sobre um filtro de linha, como aconteceu com o usuário do Reddit.

Infelizmente, não há como saber ao certo o que causou os problemas nos PlayStation 5. De qualquer forma, é sempre recomendado tirar os equipamentos da tomada quando não os estiver usando. Isso além de economizar energia, pode impedir que um prejuízo do tipo ocorra.

E se o caso do PlayStation 5 fosse no Brasil?

Saiba como evitar problemas relacionados à energia no PlayStation 5

Imagem: Shutterstock

Segundo o usuário do Reddit, o equipamento foi “bricado”, portanto, não se encaixaria na categoria de dispositivo queimado por descarga elétrica – situação que, no Brasil, gera o ressarcimento ou substituição do item.

De acordo com regulamentação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), se algum equipamento queimou e a causa foi alguma oscilação de tensão ou reestabelecimento de energia após uma interrupção, o consumidor tem até 90 dias a contar a data da ocorrência, para solicitar o ressarcimento à distribuidora de energia.

A partir da solicitação, a empresa tem até dez dias para analisar o equipamento danificado. Esse processo pode ser feito na casa do solicitante, numa assistência técnica autorizada pela distribuidora ou na própria sede da companhia – desde que o dispositivo seja retirado para análise.

Caso seja constatado o problema causado pela empresa, o consumidor recebe o resultado da análise e, em até vinte dias corridos, recebe o pagamento do valor, o conserto ou substituição do aparelho.

No entanto, a distribuidora pode se negar a resolver a situação do cliente em algumas situações, como quando não houver registro de alterações na rede elétrica que podem ter causado o problema ou com comprovação de que a falha foi resultado do uso incorreto do equipamento. Para conferir todos os procedimentos necessários, basta acessar o site da Aneel.

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