É a sina de todo mundo que mora em São Paulo: acordar cedo para ir trabalhar, conferir se o Bilhete Único está na carteira e partir para mais um dia de “corre”. Eis que, no validador na catraca do ônibus ou Metrô, vem a mensagem: ”bilhete sem crédito”. Imediatamente, você busca o guichê de compra de créditos e, enquanto pensa naquela desculpa boa para justificar seu atraso (spoiler: “César, não posso me mexer pois meu gato subiu no meu colo” não vai funcionar), você se depara com uma fila imensa de pessoas na mesma situação.

Mas calma: a fim de antecipar (e evitar) a sua próxima advertência, o Bilhete Único, saiba você, conta com quase 20 opções de recarga pela internet e aplicativos de smartphone. Embora você possa encontrar todas no site da São Paulo Transporte S/A – sim, a “SPTrans” é uma sigla – o blog KaBuM! não só lista abaixo as mais populares, como também mostra como utilizá-las.

Foto mostra versão antiga do Bilhete Único

A primeira versão do Bilhete Único, com o design avermelhado (Imagem: Marcos Santos/USP Imagens)

A história do Bilhete Único

O Bilhete Único teve sua estreia, oficialmente, em maio de 2004, quando a SPTrans e a gestão da então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, liberaram o novo modal para o público. Antes disso, o sistema estava em testes mais localizados de qualidade. A ideia era a de substituir os bilhetes de papel, comprados separadamente nos terminais de ônibus, e facilitar a aquisição de transporte público pelo cidadão de forma mais fluída.

No início, porém, o bilhete só funcionava entre ônibus, que tinham passagem unitária menor (R$ 1,70 por viagem e sim, “saudades” etc.), devido à diferença de gestão entre a prefeitura – responsável pela SPTrans – e o governo do Estado, que gerencia o Metrô. A integração entre os dois sistemas viria somente em dezembro de 2005 até, eventualmente, tomar o formato que conhecemos hoje.

Vale lembrar que, embora naquela época as coisas fossem mais simples – um bilhete, um formato de passagem, um tipo de pagamento – hoje, existem mais opções, que ajudaram a expandir o leque de ofertas, como os créditos em pagamento diário (o mais comum), semanal e mensal, além de bilhetes específicos para idosos, obesos, estudantes, professores, além de pessoas neurodivergentes.

Como recarregar o Bilhete Único pela internet

Como dissemos, o advento de uma internet popularizada pelo acesso residencial ou via conexão móvel facilitou a vida de quem precisa operar obrigações rotineiras de forma mais rápida. O Bilhete Único não é exceção e, hoje, existem várias formas de recarregar seus créditos com apenas alguns cliques. Abaixo, vamos listar as quatro mais conhecidas, mas ao todo são 19 formas entre apps, a loja online da própria SPTrans e alguns bancos parceiros.

Loja Virtual da SPTrans

O método mais óbvio de recarga de créditos do Bilhete Único vem…pela própria SPTrans. Por meio de sua loja, disponibilizada no site oficial, você consegue fazer a aquisição de suas passagens ao se logar em seu cadastro junto à empresa – importante ressaltar: é um cadastro próprio, então a sua senha de acesso aos serviços da Prefeitura de São Paulo não vai funcionar e você pode ter que fazer um novo cadastro só para isso.

Ah, a loja virtual também conta com uma interface para empresas, comumente usadas por…bem…empresas (AH, VÁ!) para pagar o benefício do vale-transporte para funcionários registrados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Captura de imagem mostra a tela com a loja virtual da SPTrans, para aquisição de créditos do Bilhete Único

Imagem: SPTrans/Reprodução

Carteira do Google/Apple Pay

Os apps de pagamentos digitais oficiais do Google e da Apple também são ótimas formas de recarregar os créditos do seu Bilhete Único, simplesmente porque, embora as pessoas os conheçam mais como um armazenamento digital dos seus cartões de débito e crédito, as duas soluções também servem para guardar passagens aéreas, cartões de vacinação e, claro, bilhetes de transporte.

Ok, aqui, admitimos que trapaceamos um pouco: não é necessariamente “o Bilhete Único”, mas sim “a passagem”, e tem diferença. Acompanhe com a gente:

  1. Faça o download da Carteira do Google (“Google Wallet”, se seu smartphone estiver em inglês) pela Play Store, ou da Carteira da Apple (“Apple Wallet”)  na App Store
  2. Em ambos os apps, você clica na opção de “Adicionar”, seguido da opção que menciona “Cartão de Transporte”
  3. Aqui as coisas começam a se diferenciar: no Google, selecione “São Paulo” e depois efetue a compra pelo seu método preferido. Isso emitirá um QR Code para você exibir à frente do sensor na catraca, validando a passagem. Já na Apple, você terá uma lista para procurar o modelo correspondente do seu cartão e só então selecionar o valor desejado, pagar como preferir e seguir os passos na tela a partir daí.

A pegadinha que mencionamos mais acima reside no QR Code. Ele não é um “crédito no bilhete”, mas sim uma geração de passagem unitária para uso naquele momento.

Imagem mostra os logotipos do Apple Wallet e do Google Wallet

Imagem: Apple/Google/Reprodução

RecargaPay

Entrando na seara dos apps de terceiros, o RecargaPay é uma das soluções mais utilizadas por usuários que buscam creditar o Bilhete Único rapidamente. Disponível tanto para Android como para iOS, o aplicativo da empresa homônima se mostra uma das opções mais viáveis por oferecer diversas formas de pagamento, priorizando compras no PIX, débito, crédito ou boleto bancário. Você só precisa identificar a opção “Cartão de Transporte” e seguir os passos de registro do seu bilhete.

Nesse app, você tem várias categorias de recarga e pagamentos, e no caso do Bilhete Único, ele tende a ser o favorito pois a validação da compra com a SPTrans costuma acontecer quase que imediatamente, dependendo da forma de pagamento. Em outras palavras: já entrou no busão e só depois percebeu que estava sem crédito? Dá para fazer a recarga dentro do coletivo, esperar algo em torno de 5 minutos e tentar recarregar o validador interno na catraca.

Imagem mostra destaque para a opção de recarga do Bilhete Único no RecargaPay

Imagem: RecargaPay/Reprodução

PicPay

Assim como o RecargaPay, o PicPay também é um dos apps mais lembrados pelos usuários de Bilhete Único. A sua principal vantagem em relação ao concorrente é o volume bem alto de cupons de benefícios que ele contempla aos seus usuários – alguns destes, como “voucher de R$ 20 na conta” apenas por bom relacionamento – podem ser usados no cartão de transporte. Ele também está disponível no iOS e na Play Store e também pede pelo cadastro do seu bilhete.

A desvantagem, no entanto, é o tempo: ele tende a ser um pouco mais demorado para validar os créditos com a SPTrans, mesmo em pagamentos feitos via PIX. Obviamente, isso não é do controle da empresa (a SPTrans pede “até” de 24h entre a compra e a validação com apps terceiros), mas ainda assim, isso pode complicar quem precisa daquela recarga de emergência.

Imagem mostra destaque para a opção de recarga do Bilhete Único no PicPay

Imagem: PicPay/Reprodução

Fora esses quatro, ainda é possível fazer a recarga dos créditos por débito em conta (Itaú e Banco do Brasil), AME Digital e outras soluções online. Você conhece mais alguma que queria ver listada aqui? Conta pra gente nos comentários!

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Laercio
9 de maio de 2023 08:22

Matéria bem intencionada mas, bem confusa, pois não é possível fazer a recarga de “bilhete único “ (SPTrans) nem pela Carteira Google nem pela Apple.

O QR Code que vc fala não é bilhete único é somente o pagamento de 1 passagem unitária do Metrô e CPTM.

Esqueceu de falar do pagamento dos ônibus (SPTrans) por QR Code, que uso todo dia é funciona perfeitamente!

Antonio Pedro
15 de maio de 2023 17:30

Muito bom mais faltou o mercado pago que acho melhor porque que não cobra taxa.