Saiba como carregar o Bilhete Único pelo celular e evitar as filas no Metrô
São Paulo quase 20 soluções de recarga do Bilhete Único e, para usá-las, você só precisa de um celular, um cartão e acesso à internetBy - Rafael Arbulu, 8 maio 2023 às 17:10
É a sina de todo mundo que mora em São Paulo: acordar cedo para ir trabalhar, conferir se o Bilhete Único está na carteira e partir para mais um dia de “corre”. Eis que, no validador na catraca do ônibus ou Metrô, vem a mensagem: ”bilhete sem crédito”. Imediatamente, você busca o guichê de compra de créditos e, enquanto pensa naquela desculpa boa para justificar seu atraso (spoiler: “César, não posso me mexer pois meu gato subiu no meu colo” não vai funcionar), você se depara com uma fila imensa de pessoas na mesma situação.
Mas calma: a fim de antecipar (e evitar) a sua próxima advertência, o Bilhete Único, saiba você, conta com quase 20 opções de recarga pela internet e aplicativos de smartphone. Embora você possa encontrar todas no site da São Paulo Transporte S/A – sim, a “SPTrans” é uma sigla – o blog KaBuM! não só lista abaixo as mais populares, como também mostra como utilizá-las.
A história do Bilhete Único
O Bilhete Único teve sua estreia, oficialmente, em maio de 2004, quando a SPTrans e a gestão da então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, liberaram o novo modal para o público. Antes disso, o sistema estava em testes mais localizados de qualidade. A ideia era a de substituir os bilhetes de papel, comprados separadamente nos terminais de ônibus, e facilitar a aquisição de transporte público pelo cidadão de forma mais fluída.
No início, porém, o bilhete só funcionava entre ônibus, que tinham passagem unitária menor (R$ 1,70 por viagem e sim, “saudades” etc.), devido à diferença de gestão entre a prefeitura – responsável pela SPTrans – e o governo do Estado, que gerencia o Metrô. A integração entre os dois sistemas viria somente em dezembro de 2005 até, eventualmente, tomar o formato que conhecemos hoje.
Vale lembrar que, embora naquela época as coisas fossem mais simples – um bilhete, um formato de passagem, um tipo de pagamento – hoje, existem mais opções, que ajudaram a expandir o leque de ofertas, como os créditos em pagamento diário (o mais comum), semanal e mensal, além de bilhetes específicos para idosos, obesos, estudantes, professores, além de pessoas neurodivergentes.
Como recarregar o Bilhete Único pela internet
Como dissemos, o advento de uma internet popularizada pelo acesso residencial ou via conexão móvel facilitou a vida de quem precisa operar obrigações rotineiras de forma mais rápida. O Bilhete Único não é exceção e, hoje, existem várias formas de recarregar seus créditos com apenas alguns cliques. Abaixo, vamos listar as quatro mais conhecidas, mas ao todo são 19 formas entre apps, a loja online da própria SPTrans e alguns bancos parceiros.
Loja Virtual da SPTrans
O método mais óbvio de recarga de créditos do Bilhete Único vem…pela própria SPTrans. Por meio de sua loja, disponibilizada no site oficial, você consegue fazer a aquisição de suas passagens ao se logar em seu cadastro junto à empresa – importante ressaltar: é um cadastro próprio, então a sua senha de acesso aos serviços da Prefeitura de São Paulo não vai funcionar e você pode ter que fazer um novo cadastro só para isso.
Ah, a loja virtual também conta com uma interface para empresas, comumente usadas por…bem…empresas (AH, VÁ!) para pagar o benefício do vale-transporte para funcionários registrados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Carteira do Google/Apple Pay
Os apps de pagamentos digitais oficiais do Google e da Apple também são ótimas formas de recarregar os créditos do seu Bilhete Único, simplesmente porque, embora as pessoas os conheçam mais como um armazenamento digital dos seus cartões de débito e crédito, as duas soluções também servem para guardar passagens aéreas, cartões de vacinação e, claro, bilhetes de transporte.
Ok, aqui, admitimos que trapaceamos um pouco: não é necessariamente “o Bilhete Único”, mas sim “a passagem”, e tem diferença. Acompanhe com a gente:
- Faça o download da Carteira do Google (“Google Wallet”, se seu smartphone estiver em inglês) pela Play Store, ou da Carteira da Apple (“Apple Wallet”) na App Store
- Em ambos os apps, você clica na opção de “Adicionar”, seguido da opção que menciona “Cartão de Transporte”
- Aqui as coisas começam a se diferenciar: no Google, selecione “São Paulo” e depois efetue a compra pelo seu método preferido. Isso emitirá um QR Code para você exibir à frente do sensor na catraca, validando a passagem. Já na Apple, você terá uma lista para procurar o modelo correspondente do seu cartão e só então selecionar o valor desejado, pagar como preferir e seguir os passos na tela a partir daí.
A pegadinha que mencionamos mais acima reside no QR Code. Ele não é um “crédito no bilhete”, mas sim uma geração de passagem unitária para uso naquele momento.
RecargaPay
Entrando na seara dos apps de terceiros, o RecargaPay é uma das soluções mais utilizadas por usuários que buscam creditar o Bilhete Único rapidamente. Disponível tanto para Android como para iOS, o aplicativo da empresa homônima se mostra uma das opções mais viáveis por oferecer diversas formas de pagamento, priorizando compras no PIX, débito, crédito ou boleto bancário. Você só precisa identificar a opção “Cartão de Transporte” e seguir os passos de registro do seu bilhete.
Nesse app, você tem várias categorias de recarga e pagamentos, e no caso do Bilhete Único, ele tende a ser o favorito pois a validação da compra com a SPTrans costuma acontecer quase que imediatamente, dependendo da forma de pagamento. Em outras palavras: já entrou no busão e só depois percebeu que estava sem crédito? Dá para fazer a recarga dentro do coletivo, esperar algo em torno de 5 minutos e tentar recarregar o validador interno na catraca.
PicPay
Assim como o RecargaPay, o PicPay também é um dos apps mais lembrados pelos usuários de Bilhete Único. A sua principal vantagem em relação ao concorrente é o volume bem alto de cupons de benefícios que ele contempla aos seus usuários – alguns destes, como “voucher de R$ 20 na conta” apenas por bom relacionamento – podem ser usados no cartão de transporte. Ele também está disponível no iOS e na Play Store e também pede pelo cadastro do seu bilhete.
A desvantagem, no entanto, é o tempo: ele tende a ser um pouco mais demorado para validar os créditos com a SPTrans, mesmo em pagamentos feitos via PIX. Obviamente, isso não é do controle da empresa (a SPTrans pede “até” de 24h entre a compra e a validação com apps terceiros), mas ainda assim, isso pode complicar quem precisa daquela recarga de emergência.
Fora esses quatro, ainda é possível fazer a recarga dos créditos por débito em conta (Itaú e Banco do Brasil), AME Digital e outras soluções online. Você conhece mais alguma que queria ver listada aqui? Conta pra gente nos comentários!
Comentários
Laercio
Matéria bem intencionada mas, bem confusa, pois não é possível fazer a recarga de “bilhete único “ (SPTrans) nem pela Carteira Google nem pela Apple.
O QR Code que vc fala não é bilhete único é somente o pagamento de 1 passagem unitária do Metrô e CPTM.
Esqueceu de falar do pagamento dos ônibus (SPTrans) por QR Code, que uso todo dia é funciona perfeitamente!
Rafael Arbulu
Oi, Laercio. Bem lembrado: de fato, o que se gera com os dois apps é a passagem daquele momento de uso. A matéria foi editada para refletir isso. Valeu pelo comentário!
Antonio Pedro
Muito bom mais faltou o mercado pago que acho melhor porque que não cobra taxa.