O Despertar de um Gigante Adormecido
Após 13 anos de silêncio desde o lançamento de Silent Hill: Downpour em 2012, a franquia Silent Hill, outrora um pilar do terror psicológico, está de volta. A longa espera por um novo jogo principal gerou um vácuo de informação preenchido por rumores. No entanto, o retorno da série com Silent Hill f não é apenas um novo título, mas um evento crucial. Ele tenta redefinir a identidade da franquia, agora com uma abordagem mais focada no terror japonês.
Este relatório visa analisar as novidades mais importantes de Silent Hill f, distinguindo os fatos confirmados da Konami de vazamentos e reações da comunidade. O jogo propõe-se a ser uma experiência autônoma e totalmente nova, mergulhando de cabeça em um novo cenário, com uma nova protagonista e uma equipe de desenvolvimento renovada, mas sem abrir mão de talentos clássicos da série. A matéria explora as razões por trás da recepção mista do seu sistema de combate e, acima de tudo, o que a sua chegada significa para o futuro da icónica série de horror.
Notícias Oficiais: Uma Nova Era de Horror, Agora no Japão
A notícia mais significativa sobre o jogo é que Silent Hill f foi lançado oficialmente em 25 de setembro de 2025 para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. O desenvolvimento ficou a cargo da NeoBards Entertainment, com a publicação da Konami Digital Entertainment.
O jogo marca um ponto de viragem crucial na série. A Konami, sentindo que a franquia se tinha “ocidentalizado excessivamente”, decidiu ambientar o novo título no Japão para reforçar a sua identidade original. O jogo passa-se no Japão rural da década de 1960, na cidade fictícia de Ebisugaoka. A trama segue a história de Hinako Shimizu, uma estudante do ensino médio, que tem de lutar para sobreviver enquanto a sua cidade é consumida por uma névoa aterrorizante.
Para o enredo, a Konami recrutou o renomado escritor de visual novel Ryukishi07, conhecido por obras como Higurashi: When They Cry. A narrativa, que explora o conceito de “encontrar o terror na beleza“, foca-se em dilemas psicológicos e no trauma da protagonista. A música do jogo, um elemento vital da série, está sob a responsabilidade do veterano Akira Yamaoka, que trabalhou em vários títulos anteriores de Silent Hill, e Kensuke Inage. A combinação de novos talentos com figuras clássicas da série sugere que a Konami tentou modernizar a franquia sem perder as suas raízes. (Link Externo: Metacritic de Silent Hill f)

O Moinho de Rumores e as Reações da Comunidade
O lançamento de Silent Hill f foi precedido por uma onda de vazamentos. Cópias físicas do jogo foram registradas em mãos de jogadores antes da data oficial de lançamento, gerando o risco de spoilers. A Edição Digital Deluxe do jogo incluía acesso antecipado de 48 horas, permitindo aos compradores começar a jogar em 23 de setembro.
A reação inicial dos críticos e jogadores tem sido amplamente positiva. No Metacritic, o jogo parece ter se estabelecido com uma pontuação de 86, o que o coloca no mesmo patamar de Silent Hill 3 e do remake de Silent Hill 2 de 2024. No Steam, o jogo também recebeu uma avaliação “Muito Positiva“, com 88% de avaliações favoráveis de fãs de terror. O sucesso inicial é um bom sinal para a Konami, que busca o “rejuvenescimento” da franquia. (Link Interno: Análise do Silent Hill 2 Remake)
No entanto, o jogo não está isento de controvérsias. O seu sistema de combate gerou debates acalorados na comunidade, com muitos a compará-lo a um “soulslike“. O produtor do jogo, Motoi Okamoto, afirmou que o combate foi aprimorado para atrair jogadores mais jovens que gostam de jogos de ação desafiadores. O combate inclui esquivas, contra-ataques e um modo “Foco” para ataques poderosos, o que o torna mais complexo do que os jogos anteriores da série. Embora os críticos elogiem a “satisfação surpreendente” do sistema, alguns fãs acham que a sua dificuldade e complexidade irritante dilui a experiência de terror e o torna menos assustador.

O Jogo por Dentro: Enredo, Jogabilidade e a Essência de Silent Hill f
O enredo de Silent Hill f é um dos seus pontos mais fortes, recebendo elogios pela sua “escrita inteligente e angustiante“. A história segue Hinako, uma adolescente que foge de casa após uma discussão com o seu pai abusivo e que é constantemente comparada à sua “irmã perfeita”. A sua cidade natal, Ebisugaoka, é então engolida por uma névoa misteriosa.
- Monstros e Psicologia: Os monstros do jogo são considerados manifestações do corpo e da psique desmembrada de Hinako.
- Design: O conceito de “terror na beleza” é um pilar de design fundamental, visível nos designs “belos e terrivelmente grotescos” dos monstros.
A jogabilidade é construída em torno de quebra-cabeças que exploram o sofrimento psicológico, juntamente com o combate mais complexo e voltado para a ação. A campanha principal tem cerca de 12 a 13 horas de duração, mas o jogo apresenta um modo New Game Plus com novos inimigos, chefes e múltiplos finais, sugerindo que a história de Silent Hill f continua a ser explorada.

O Desafio de um Novo Começo
O lançamento de Silent Hill f em 25 de setembro de 2025 marca um novo capítulo para a Konami e para a série. O jogo, que foi descrito por alguns fãs como “o primeiro título da série totalmente original desde Downpour em 2012″, tenta se redefinir, abandonando a sua ambientação tradicional nos EUA para se aprofundar nas raízes do terror japonês.
O jogo tem sido um sucesso de vendas, sendo listado entre os mais vendidos em plataformas como a Amazon. Embora o seu sistema de combate tenha dividido a comunidade, a história e a atmosfera do jogo foram recebidos com aclamação. Com um suposto roteiro de lançamentos que prevê novos títulos de Silent Hill até 2028, o sucesso de Silent Hill f pode ser a faísca que a Konami precisava para reviver a franquia de vez, posicionando-a como um pilar central do gênero de horror por muitos anos.
Sobre o Jogo
Diretor: Al Yang

Violência Extrema/ Medo