Falar de Ninja Gaiden é falar de um legado. É lembrar das tardes suadas em frente à TV de tubo, tentando passar daquela fase impossível, aprendendo cada padrão de inimigo e sentindo a glória de cada vitória. A franquia sempre foi sinônimo de desafio e precisão. Agora, em pleno 2025, Ninja Gaiden: Ragebound chega para honrar esse passado e, ao mesmo tempo, provar que a jogabilidade 2D está mais viva e afiada do que nunca.
Uma Lenda Reimaginada para uma Nova Geração
A primeira coisa que você precisa saber sobre Ninja Gaiden: Ragebound é quem está por trás do projeto. A publisher Dotemu já é craque em resgatar franquias amadas, como vimos em Streets of Rage 4 e Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder’s Revenge. Eles sabem como tratar um clássico com respeito. Do outro lado, temos a desenvolvedora The Game Kitchen, o estúdio espanhol que nos entregou a obra-prima sombria e visceral que é Blasphemous.
Essa combinação é simplesmente o dream team para um projeto como este. A The Game Kitchen trouxe sua expertise em criar mundos em pixel art detalhados e atmosferas densas, enquanto a Dotemu garantiu que a essência do que faz Ninja Gaiden ser… bem, Ninja Gaiden, fosse mantida. O resultado é um jogo que parece, ao mesmo tempo, uma carta de amor aos fãs de longa data e um convite irrecusável para novos jogadores conhecerem o caminho do ninja.
A Aliança Improvável: A História de Ragebound
A trama de Ninja Gaiden: Ragebound se encaixa de forma inteligente na cronologia da série, servindo como uma ponte entre os eventos da era 3D e o início da saga clássica do NES. Enquanto o lendário Ryu Hayabusa está ausente em uma missão, o véu que separa o mundo dos humanos do reino demoníaco se rompe. Hordas de criaturas invadem a terra, e o caos se instaura.
Na ausência do mestre, a responsabilidade cai sobre os ombros de Kenji Mozu, um jovem e talentoso aprendiz do clã Hayabusa. Vendo-se sobrecarregado pela ameaça, Kenji toma uma decisão desesperada: recorre a um poder proibido e forja uma aliança com Kumori, uma kunoichi do clã rival Aranha Negra.
O mais incrível aqui é como a narrativa se integra à jogabilidade. Para unir suas forças, os dois ninjas se fundem, dividindo o mesmo corpo. Essa aliança improvável não é apenas um pano de fundo para a história, mas o cerne da experiência, permitindo que o jogador utilize as habilidades distintas de cada um para superar os desafios que vêm pela frente. É uma jornada sobre rivalidade, confiança e a luta pela sobrevivência em um mundo mergulhado na escuridão.
Gameplay no Limite: Afie sua Katana e seus Reflexos
Se a história prepara o terreno, é no gameplay que Ninja Gaiden: Ragebound realmente brilha e mostra a que veio. O jogo é uma aula de como modernizar uma fórmula clássica sem perder a identidade. Esqueça árvores de habilidades complexas ou sistemas de RPG inchados. Aqui, o que importa é o seu skill, a sua precisão e a sua capacidade de reagir em frações de segundo.
Precisão e Velocidade: O Coração do Combate
O combate de Ninja Gaiden: Ragebound é rápido, brutal e incrivelmente satisfatório. A filosofia aqui é clara: a maioria dos inimigos morre com um único golpe preciso de sua katana. O problema? Você também. Essa vulnerabilidade mútua cria uma tensão constante e deliciosa em cada confronto. Não há espaço para erros. Cada pulo, cada corte e cada esquiva precisam ser calculados.
Os controles são de uma fluidez absurda. Escalar paredes, pular entre plataformas, deslizar por baixo de projéteis… tudo responde de forma instantânea, dando a você um controle absoluto sobre o personagem. A sensação de dominar os movimentos e limpar uma tela cheia de inimigos sem sofrer um único arranhão é o tipo de recompensa que faz você querer jogar mais e mais, elevando seu XP e jogando no Level PRO.
Kenji e Kumori: Uma Dupla, Dois Estilos de Jogo
A mecânica de fusão entre Kenji e Kumori é o grande trunfo do gameplay. Embora você controle primariamente Kenji, com seu combate focado na katana e na agilidade, as habilidades de Kumori estão sempre à disposição. Com um simples comando, você pode lançar kunais, shurikens e outras armas de arremesso que consomem a barra de Ki. Isso adiciona uma camada estratégica fundamental, permitindo controlar o campo de batalha e eliminar inimigos à distância antes de partir para o combate corpo a corpo.
Além disso, o jogo introduz o “Salto Guilhotina”, uma mecânica genial que permite a Kenji quicar em inimigos e projéteis. Isso não só serve como uma manobra defensiva e ofensiva, mas também é essencial para a exploração, permitindo alcançar plataformas distantes e encontrar segredos escondidos. E, claro, temos a habilidade que dá nome ao jogo: a “Ragebound”, um ataque especial devastador que limpa a tela e é crucial nas lutas contra os chefes mais casca-grossa.
Desafio na Medida Certa: Fácil de Aprender, Difícil de Dominar
Sim, Ninja Gaiden: Ragebound é um jogo difícil, como manda a tradição. Você vai morrer. Muitas vezes. Mas, e isso é o mais importante, a dificuldade nunca é injusta. Cada morte é um aprendizado. Os chefes possuem padrões de ataque claros, e a cada tentativa você entende melhor a luta, aprimora sua estratégia e chega mais perto da vitória. A sensação de finalmente derrotar um boss que te deu uma surra por meia hora é simplesmente indescritível. É o puro suco do “GGWP” que a gente tanto ama.
E para os Ninjas que amam um bom desafio, o jogo oferece um fator de rejogabilidade altíssimo. Cada fase possui um sistema de ranking (de D a S) que avalia seu desempenho com base no tempo, dano sofrido e combos. Alcançar o rank S em todas as fases é um desafio para poucos. E, como se não bastasse, ao terminar o jogo no modo normal, você libera o modo Hard, que vai testar seus reflexos e sua paciência ao limite.
Pixel Art de Tirar o Fôlego: Uma Obra de Arte em Movimento
Prepare seus olhos, porque Ninja Gaiden: Ragebound é um espetáculo visual. A The Game Kitchen elevou o conceito de pixel art a um novo patamar. Cada cenário, cada personagem e cada animação são repletos de detalhes e vida. É a prova de que gráficos não precisam ser fotorrealistas para serem deslumbrantes.
Estilo Visual que Homenageia e Inova
O jogo presta uma linda homenagem à estética 8 e 16-bits, mas com uma camada de polimento e fluidez que só a tecnologia atual permite. Os ambientes são variados e atmosféricos, desde templos em chamas a florestas sombrias e fortalezas demoníacas.
A violência é estilizada, mas impactante. O sangue jorra em pixels vermelhos vibrantes a cada golpe fatal, e as finalizações são um show à parte, sem nunca serem gratuitas. O design dos inimigos e, principalmente, dos chefes é criativo e memorável. É uma direção de arte com personalidade forte, que cria uma identidade visual única para o jogo, conciliando a nostalgia com uma agressividade visual que casa perfeitamente com o ritmo frenético da ação.
Trilha Sonora para Acelerar a Adrenalina
Uma experiência audiovisual só está completa com um som à altura, e Ninja Gaiden: Ragebound não decepciona. A trilha sonora é um banquete para os ouvidos, com faixas que misturam elementos de música tradicional japonesa com batidas eletrônicas e guitarras de rock. As músicas parecem ter saído diretamente de um cartucho de Super Nintendo, mas com a qualidade de produção de 2025. Elas ditam o ritmo, aceleram sua adrenalina nas lutas contra chefes e criam a atmosfera perfeita para cada momento da jornada. Os efeitos sonoros também são um show à parte, com o som metálico e seco dos cortes da katana, o impacto dos golpes e as explosões dos inimigos contribuindo para uma imersão completa.
Veredito do Ninja: Por que Você PRECISA Jogar Ninja Gaiden: Ragebound?
Ninja Gaiden: Ragebound é muito mais do que um simples retorno. É uma reafirmação. Uma prova de que o gameplay focado em habilidade, desafio justo e controle preciso ainda tem um lugar de destaque no coração dos jogadores. A The Game Kitchen e a Dotemu não apenas criaram um jogo excelente, mas entregaram o melhor Ninja Gaiden em décadas.
É um título obrigatório para qualquer fã de jogos de ação e plataforma. Se você é um veterano da franquia, vai se sentir em casa e se deliciar com as referências e a fidelidade à essência da série. Se você é um novato, esta é a porta de entrada perfeita para um dos universos mais icônicos dos videogames.
Com um combate viciante, uma direção de arte impecável e um desafio na medida certa, Ninja Gaiden: Ragebound é a prova de que, para ser um clássico, não basta olhar para o passado, é preciso forjar o futuro. Garanta já seu console no KaBuM! para jogar essa aventura incrível.
FAQ – Perguntas Frequentes
O quão difícil é Ninja Gaiden: Ragebound comparado aos jogos antigos?
Ninja Gaiden: Ragebound honra a tradição da série com um desafio elevado. Ele é difícil, exigindo reflexos rápidos e aprendizado de padrões, especialmente nos chefes. No entanto, é considerado um desafio justo. Os controles são precisos e as mecânicas são claras, o que significa que cada vitória depende da sua habilidade, não da sorte.
Qual a duração da campanha de Ninja Gaiden: Ragebound?
A campanha principal leva em torno de 6 a 8 horas para ser concluída na primeira vez. Contudo, o jogo foi feito com a rejogabilidade em mente. Com o sistema de ranking por fases, colecionáveis escondidos e um modo Hard que é desbloqueado após zerar, o tempo de jogo pode se estender bastante para quem busca dominar tudo e dar 100% no game.
Preciso ter jogado os outros Ninja Gaiden para entender a história?
Não é necessário. A história de Ninja Gaiden: Ragebound foi criada para funcionar de forma independente, introduzindo novos protagonistas e um conflito próprio. Fãs de longa data vão pegar referências e entender melhor o contexto geral dentro da franquia, mas os novos jogadores podem mergulhar na história sem medo de ficarem perdidos.
Em quais plataformas Ninja Gaiden: Ragebound está disponível?
O jogo está disponível para um arsenal completo de plataformas! Você pode jogar no PC (via Steam), PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e Nintendo Switch. Então, não tem desculpa para não dar um upgrade na sua jogatina!
