Processadores: guia para comprar a melhor CPU

Com tantos processadores disponíveis no mercado, pode ser desafiador escolher o modelo ideal, mas este guia do KaBuM! ajuda você

Um computador não pode funcionar sem um processador, seja ele desktop ou notebook. São diversas CPUs com as mais variadas configurações disponíveis, indo do básico ao entusiasta para atender todo tipo de público. Cada processador implica ainda na escolha de outros componentes como placa-mãe, memória RAM, fonte e cooler.

Um processador (ou CPU) precisa estar em concordância com esses outros componentes, já que eles são vitais para o funcionamento da máquina como um todo. Uma CPU exige uma quantidade específica de energia, algo que impacta na fonte; precisa ser encaixado na placa-mãe que corresponde a ele e tem limitação com velocidade de memória RAM, entre outros fatores.

O que é um processador?

A Unidade Central de Processamento (CPU) é o cérebro de um computador. É ela quem comanda os demais componentes da máquina, executando inúmeras instruções por segundos a todo tempo. A velocidade com a qual essas tarefas são realizadas tem a ver com a frequência de operação, medida em MHz e/ou GHz, além da quantidade de núcleos que cada processador tem.

Frequências (também chamada de “clock”) e quantidade de núcleos de processadores estão entre as especificações mais importantes desse componente. Em resumo, quanto maior o número dessas duas características, mais rápida é a CPU. 

Atualmente, todos os processadores operam na casa dos Gigahertz (GHz), com modelos passando facilmente da casa dos 3 GHz e chegando a até 6 GHz. Nesse caso, não existe segredo: quanto maior esse número, mais instruções por segundo a CPU consegue executar, ou seja, responde mais rápido aos comandos dos usuários.

Já em relação aos núcleos, hoje temos modelos de 2 até 24 núcleos no cenário doméstico, indo muito além quando falamos do segmento de data centers. Aqui, aplicamos a mesma lógica das frequências: quanto maior o número, mais rápido ele é. Mas há uma ressalva: isso depende da otimização da aplicação (programas ou jogos). Algumas usam mais núcleos, outras, não.

Além de clocks e núcleos, existe ainda a memória cache. De altíssima velocidade, ela guarda informações utilizadas com muita frequência pela CPU e pode ser acessada a qualquer momento pelos núcleos do processador. Além de sua disponibilidade e velocidade impactarem diretamente o desempenho do sistema, a memória cache é uma espécie de ponte entre o processador e a memória RAM.

A memória cache é volátil, ou seja, as informações guardadas ali se perdem sempre que o computador é desligado. A principal diferença em relação à memória RAM é que ela guarda informações menores e de uso imediato. Por conter pouca quantidade de armazenamento, os dados em cache são trocados com frequência. Existem CPUs que oferecem mais memória cache, como os AMD Ryzen com tecnologia 3D V-Cache.

Principais fabricantes de processadores

Há cerca de três décadas, o mercado de processadores é dominado por AMD e Intel. Apesar de existirem outras fabricantes de CPUs para computadores (Apple, Qualcomm, MediaTek), você só encontrará CPUs avulsas dessas duas marcas. Juntando os modelos disponíveis dessas duas fabricantes, os usuários têm diversas escolhas à venda no KaBuM!.

A Intel dominou o mercado com muita folga por muitos anos com seus processadores da linha Core, até que a AMD chegou com a atual série Ryzen em 2017, trazendo soluções com maior potencial, fazendo frente ao que a rival vinha oferecendo. Essa nova disputa foi responsável também pelo advento de processadores com cada vez mais núcleos.

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Tipos de processadores

Tanto a AMD, quanto a Intel contam com diferentes segmentos de processadores, saindo do básico (de entrada), passando pelas CPUs intermediárias e “mainstream”, chegando aos modelos avançados (high-end). As especificações e o preço escalonam conforme o usuário exige mais desempenho.

Começando com os processadores de entrada, temos as linhas Intel Core i3 e AMD Ryzen 3, independentemente da geração. Esses são os modelos mais baratos e têm especificações mais modestas, como frequências, memória cache e quantidade menor de núcleos. Geralmente, os modelos desse nível contam com 4 núcleos.

Acima deles estão as CPUs intermediárias (Core i5 e Ryzen 5), aquelas que costumam ser a escolha da maioria dos usuários. Elas são mais rápidas por contarem com uma quantidade maior de memória cache e núcleos  — geralmente são 6 núcleos nos modelos da AMD e 10 núcleos nos modelos da Intel nas atuais gerações.

Já o segmento mainstream é composto pelas séries Intel Core i7 e AMD Ryzen 7. No caso da AMD, esse segmento oferece 8 núcleos desde a primeira geração Ryzen. A Intel, por outro lado, saiu dessa quantidade de núcleos introduzida nesse segmento na 8ª geração para os atuais 20 núcleos da 14ª geração. Esses modelos também contam com mais memória cache e frequências maiores.

Por último, existe ainda uma série acima da mainstream, que são os Ryzen 9 e Core i9 voltados para o público entusiasta, oferecendo de 16 a 24 núcleos. Estes também são os processadores mais caros, custando alguns milhares de reais, mas são o que há de melhor nesse mercado.

Detalhes extras importantes sobre processadores

Vale lembrar que cada segmento também escalona o nível de consumo (TDP, medido em Watts) da CPU, sendo necessário escolher uma fonte adequada, capaz de fornecer energia suficiente para esse componente, além de uma placa-mãe com sistema de distribuição de energia que seja condizente com essa demanda.

Outro aspecto importante é o vídeo integrado (iGPU). Alguns processadores contam com esse elemento, mas geralmente os modelos entusiastas não são equipados com essa tecnologia. Computadores equipados com CPUs com iGPUs não precisam de placas de vídeo (GPU dedicada) para gerarem imagem, algo que já ajuda a economizar na hora de montar o PC.

Alguns modelos de processadores, como os Ryzen 8000G, contam com vídeo integrado relativamente forte, sendo capazes até mesmo de rodar jogos pesados com as devidas configurações. Com esse processador, por exemplo, é possível jogar títulos recentes, como Red Dead Redemption 2, Grand Theft Auto 5 e muitos outros games competitivos.

Escolher uma CPU com iGPU ajuda não só a economizar dinheiro, mas também energia por não ser necessário a instalação de mais um componente que gasta bastante: a placa de vídeo. Mas é bom lembrar que isso também impacta o desempenho geral, que é menor comparado com um processador sem vídeo integrado acompanhado de uma GPU dedicada.

Como escolher o processador ideal 

Com isso em mente, vamos ajudá-lo a escolher o processador ideal para a sua necessidade. A tabela acima ajuda a ter uma ideia sobre as especificações e, de forma geral, quanto mais desempenho você precisa, mais alto no segmento você deve ir. Além disso, recomendamos aqui alguns modelos em cada segmento.

Se você quer um PC para navegar pela internet, assistir a vídeos no YouTube, trabalhar com ferramentas básicas como o pacote Office, qualquer processador da linha de entrada atenderá às suas necessidades. Eles exigem pouco de uma fonte e qualquer placa-mãe voltada para eles dá conta do recado. Portanto, a escolha  fica para alguma CPU das séries Intel Core i3 e AMD Ryzen 3 (embora este último seja mais limitado por contar com menos modelos de entrada disponíveis).

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Estes processadores mais simples também podem ser usados para jogos, mas acompanhados de uma placa de vídeo de entrada, já que eles não são capazes de extrair todo o potencial de GPUs dedicadas intermediárias para cima.

O segmento intermediário é onde se encaixa a maioria dos PC gamers com as CPUs Ryzen 5 e Core i5 com placas de vídeo medianas. Computadores equipados com esses modelos também conseguem executar tarefas mais pesadas, como renderização em 3D, embora as CPUs de níveis acima sejam as mais indicadas. Esses processadores sobem um pouco a exigência em consumo de energia, mas os modelos sem vídeo integrado tendem a consumir menos.

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PC gamers exigentes e profissionais de produção de conteúdo se encaixam bem no segmento mainstream com os AMD Ryzen 7 e Intel Core i7. Essas são CPUs que consomem mais energia, mas são consideravelmente mais rápidas que o segmento abaixo. Além disso, esses modelos conseguem extrair o máximo de GPUs dedicadas high-end, entregando a melhor experiência em jogos que precisam de altas taxas de quadros, por exemplo.

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Aqueles que buscam o maior desempenho possível para trabalhos pesados e que exigem grande quantidade de núcleos, precisam ir com as CPUs Ryzen 9 e Core i9. Esses processadores são os que mais consomem energia, portanto é importante ficar de olho na potência da fonte escolhida, especialmente se em conjunto com uma placa de vídeo de alto nível. Além disso, a placa-mãe precisa ser preparada para receber processadores desse tipo, oferecendo melhor alimentação de energia e VRMs com boa dissipação de calor.

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Perguntas frequentes

Quais fontes escolher para os CPUs de níveis diferentes?

Os processadores de entrada tendem a ter TPD na casa dos 60W, subindo para cerca de 100W entre as CPUs intermediárias e mainstream, e acima de 120W com os modelos entusiastas. A escolha da fonte tem que considerar o consumo total do PC, que ainda conta com placa-mãe, SSD/HD, cooler, fans e, principalmente, placa de vídeo.

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Qual placa-mãe escolher para meu processador?

É importante ficar de olho em socket e chipset. O primeiro tem a ver com compatibilidade com determinadas gerações de processadores e o encaixe deles. Hoje, por exemplo, temos os modelos AMD AM5 para as CPUs Ryzen 7000, 8000 e 9000. Já do lado da Intel, temos o socket LGA-1700 compatível com a 12ª, 13ª e 14ª gerações de CPUs Intel Core.

Com a compatibilidade devidamente resolvida, é bom ter em mente qual chipset escolher. Assim como os processadores, existem níveis que vão do básico ao avançado. As atuais gerações de CPUs contam com as séries iniciadas pelos seguintes conjuntos de letras e números*:

AMD

• Ax20 (entrada)
• Bx50 (intermediária)
• Xx70 (high-end) 

Intel

• Hx10 (entrada)
• Bx60 (intermediário)
• Zx90 (high-end)

*O “x” corresponde à geração do chipset e as nomenclaturas podem variar entre gerações.

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O que preciso para fazer overclock?

Apesar de ser uma forma de aumentar a potência da CPU, o overclock envolve riscos de dano ao componente e é algo que precisa ter o devido cuidado. Para isso, é preciso ter o conhecimento necessário e o processador compatível. Existem algumas CPUs Intel Core, por exemplo, que não oferecem suporte e alguns modelos respondem melhor que outros nessa questão. 

Com isso em mente, é bom ter consciência do cooler usado, já que o overclock eleva a potência mediante o aumento de tensão, aumentando a temperatura. Além disso, a placa-mãe também precisa estar preparada, com alimentação de energia à CPU apropriada e VRMs com boa dissipação de calor.

Conclusão

A escolha do processador é a primeira etapa na hora de montar um PC. É depois dele que escolhemos quais serão os outros componentes baseado em qual socket ele usa, qual cooler ele precisará, além da velocidade das memórias, que é algo limitado pela CPU.

Portanto, é bastante importante ter em mente as compatibilidades devidas entre a CPU, placa-mãe, memória RAM e fonte. Boa parte dessas informações costuma estar presente nos sites oficiais das fabricantes dos processadores. 

Com novas gerações saindo todos anos, é fácil se confundir sobre a compatibilidade com placa-mãe através de socket. Aqui no KaBuM!, onde você pode comprar essas CPUs em promoções frequentes, você também pode conferir essas informações na seção de informações técnicas de cada modelo de processador.