Lidar com cheaters e outros trapaceiros é um grande desafio para qualquer jogo online competitivo. Depois de sofrer na mão desse pessoal, a Valve tomou algumas medidas inusitadas para coibir essas práticas em Counter-Strike: Global Offensive.
O resultado não tem sido exatamente o esperado pela desenvolvedora de CS:GO – mas isso não deve mudar sua estratégia.
CS sem cheaters
Nesta semana, a Valve liberou um novo patch para seu popular shooter CS:GO. Além de trazer os usuais ajustes finos e melhorias de performance, o pacote trouxe pequenas mudanças no modo competitivo, como seleção de mapas favoritos, integração à modalidade Premier, perfis de matchmaking e mais.
O que chamou a atenção de muita gente, no entanto, foi um link nas notas de atualização que levava a um guia de como os jogadores deviam se comportar ao jogar em servidores oficiais. A principal regra de jogo limpo do CS? “Nunca use cheat”.
Uma mensagem tão direta e ingênua fez com que tudo parecesse brincadeira, mas não é. Isso porque a ação faz parte de um plano maior da empresa, que recentemente disse que ia começar a cobrar uma taxa de US$ 15 para quem quisesse ter uma conta Prime.
A ideia é fazer com que cheaters tenham receio de perderem seu investimento caso sejam pegos ou que os adeptos de boosts ou de contas smurf tenha uma barreira a mais – monetária – na hora de atrapalhar as partidas rankeadas dos outros jogadores.
Copo meio cheio
A Valve admitiu que CS:GO foi tomado por trapaceiros desde que se tornou free-to-play e que esse era um modo de oferecer uma experiência online mais justa aos jogadores. De boa-fé, foi dado até um prazo para que os jogadores fizessem a transição sem pagar nada.
Mesmo assim, o impacto no público não demorou a vir. Desde a implementação dessas mudanças, em junho, o game perdeu 16.7% de seus jogadores, um número próximo de 100 mil contas.
Partindo do princípio que muitos desses usavam ou pretendiam usar algum tipo de trapaça – ou eram contas secundárias para serviços de boosting –, é possível ter um olhar mais positivo do que negativo nessa queda de audiência.
Como as partidas casuais seguem gratuitas, assim como outros modos de jogos, um ingresso de US$ 15 para entrar em um competitivo mais limpo não parece tão ruim assim, não é?
Fonte: PCGamer