MIT cria mão prostética que devolve sensibilidade a amputados
By - Marcelo Rodrigues, 21 agosto 2021 às 14:00
Embora a tecnologia dos prostéticos tenha avançado consideravelmente nos últimos anos, é inegável que os equipamentos de ponta ou com recursos especiais ficam fora do orçamento da maioria das pessoas. Felizmente, o MIT quer mudar isso com um novo projeto de prótese que promete devolver a sensibilidade tátil a indivíduos que tiveram a mão amputada.
Dispensando materiais mais complexos e motores elétricos, o equipamento tem baixo custo – em comparação a outras opções do segmento – e utiliza uma espécie de elastômero inflável para dar flexibilidade e diferentes níveis de pressão ao membro artificial.
MIT colocando a mão na massa
O projeto foi desenvolvido por pesquisadores do MIT em parceria com a Shanghai Jiao Tong University e tem um custo estimado de US$ 500 em componentes – cerca de R$ 2,7 mil. Por conta da utilização do EcoFlex em sua composição, o acessório é bem leve e prático de usar.
Uma série de sensores simulam a sensibilidade dos dedos e indicam ao usuário que tipo de ação tomar assim que ele encosta ou aperta um objeto. O equipamento então converte os sinais do cérebro em comandos para a prótese, que trabalha com 4 níveis de pressão.
Como dá para conferir no vídeo acima, graças a esse kit tecnológico o usuário consegue cumprimentar outras pessoas, pegar itens delicados, acariciar animais de estimação e fazer praticamente qualquer outra atividade que seria trivial para a mão orgânica.
Outro ponto positivo é que o membro eletrônico pode ter seu uso dominado facilmente por quem estiver vestindo o aparelho. Bastam cerca de 15 minutos de treino para que a utilização do dispositivo se torne orgânica.
Futuro promissor
Segundo um dos engenheiros que trabalha nessa empreitada junto ao MIT, o que existe hoje ainda não é um produto finalizado. O time ainda quer melhorar a experiência de uso e aprimorar até mesmo o visual da prótese.
Mesmo assim, estando em seus estágios iniciais, o equipamento mostra um grande potencial e tem desempenho igual ou superior a neuroprostéticos com custo mais elevado, o que deve ajudar a atender um público ainda maior entre os amputados.
Fonte: Engadget
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