Há quem duvide do verdadeiro potencial dos óculos de realidade aumentada; há também quem acredite que um dia eles irão substituir o nosso smartphone. Será? Bom, o que a gente sabe é que empresas como Apple e Facebook – entre tantas outras – já estão bastante adiantadas em seus projetos.

A equipe de Mark Zuckerberg apresentou no ano passado o Project Aria, o projeto que vai nortear o Facebook na criação de um óculos de realidade aumentada. Aliás, foram eles mesmos que disseram que o dispositivo poderia assumir muitas das funções hoje usadas nos celulares, como ligar para alguém ou até navegar pela cidade.

A novidade agora é uma tecnologia para os óculos de realidade aumentada: sensores acoplados ao pulso para permitir que o usuário controle dispositivos usando os mesmos sinais nervosos que a gente usa para mover as mãos. Realmente, parece incrível!

Facebook Reality Labs

Pesquisadores do Reality Labs, do Facebook, explicaram que a ideia é usar uma técnica conhecida como eletromiografia ou EMG, capaz de detectar os sinais nervosos que viajam pelo pulso. Assim, sensores acoplados ao pulso poderiam interpretar esses sinais e traduzi-los em “comandos digitais” que podem então ser usados ​​para controlar um dispositivo ou uma interface virtual.

Acredite, é mais complexo do que parece. Mas o Facebook garante que não tem nada a ver com leitura da mente.

“Pense assim: você tira muitas fotos e opta por compartilhar apenas algumas. Da mesma forma, você tem muitos pensamentos e escolhe agir de acordo com apenas alguns deles. Quando isso acontece, seu cérebro envia sinais para suas mãos e dedos dizendo-lhes para se moverem de maneiras específicas para realizar ações como digitar ou deslizar. Trata-se de decodificar esses sinais no pulso – as ações que você já decidiu realizar – e traduzi-los em comandos digitais para o seu dispositivo”, diz o texto publicado no blog do Facebook.

Facebook

Imagem: Facebook

Segundo os pesquisadores envolvidos no projeto, a técnica EMG é tão precisa que pode “entender o movimento do dedo de apenas um milímetro”. Essa precisão poderia tornar a navegação nas interfaces de realidade aumentada uma experiência muito mais rápida e fluida.

Ainda vai demorar…

O projeto ainda está em desenvolvimento e em estágio muito inicial. Qualquer solução final para o consumidor ainda está a alguns anos de distância. Mas o Facebook adiantou algumas aplicações interessantes, como a interação chamada “clique inteligente”, que permite aos usuários “clicar” em um menu movendo sutilmente os dedos.

“O sistema será capaz de fazer inferências profundas sobre o que você pode querer fazer em várias situações, com base nas informações que você decidir compartilhar sobre você e seu entorno”, diz Sean Keller, diretor de pesquisa do Facebook Reality Labs.

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