Minerar criptomoedas pode ser caro. Afinal, a atividade exige GPUs nada baratas e o uso constante de muita energia. Por isso, a Chia acabou atraindo muita gente como uma opção mais em conta para mineração, mas um estudo recente indica que a modalidade pode não ser tão lucrativa quanto se pensava.

A conclusão vem de uma pesquisa realizada pela Backblaze, que avaliou os custos e ganhos com o processamento da moeda digital ao longo do tempo.

Chia em larga escala

Trocando as placas de vídeo de ponta por HDs e SSDs mais convencionais, a mineração de Chia era tido como uma opção não só mais “verde” dessa atividade, como potencialmente até mais lucrativa – mesmo com as críticas das fabricantes de hardware.

No estudo publicado recentemente pela Backblaze, no entanto, fica claro que a janela em que é possível lucrar com a Chia é bem pequena e pode não valer o tempo, esforço e dinheiro gastos.

Mineração de Chia não é lucrativa, afirma pesquisa

Reprodução: Backblaze

Assumindo custo zero para armazenamento, seriam necessários 150 PB (petabytes) em dados para uma receita semanal inicial de US$ 250 mil. Esse valor cairia consideravelmente a cada período, chegando a zero na décima sexta semana.

Poré, o custo de uma operação como essa não é zero. Segundo a empresa, um armazenamento desse porte exige mais de US$ 175 mil mensais, o que elimina os lucros muito antes do esperado: a partir da sétima semana.

Para quem vale?

Com isso, a Backblaze concluiu que as margens devem ficar ainda mais apertadas, com os custos de armazenamento crescendo e o valor da moeda caindo conforme mais e mais pessoas entrarem nesse mercado.

Ainda assim, a firma acredita que a Chia pode ser interessante em casos específicos, principalmente para mineradores de pequeno porte, que utilizam máquinas pessoais para se juntar a uma rede coletiva de mineração.

Fonte: Backblaze

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