O temor de um futuro dominado por máquinas fortemente armadas é mais real do que se imagina. Isso porque uma recente publicação — preocupante, por sinal — da fabricante de robôs militares Ghost Robotics revelou um rifle de longo alcance acoplado a um cão-robô, ao maior estilo “Exterminador do Futuro”.

A novidade marcou presença na convenção anual da Associação do Exército dos EUA. Inclusive, o novo “cão-robô letal” foi apresentado como o primeiro sistema não tripulado equipado com uma arma de longo alcance. A máquina chegou a ser definida como uma “recente inovação em letalidade”.

“Cão-robô letal”

A máquina “programada para matar” é um esforço conjunto entre Ghost Robotics e a fabricante de armas Sword International. O cão-robô trata-se de um quadrúpede Vision 60 da Ghost Robotics, enquanto o rifle, que recebe o nome de SPUR (Special Purpose Unmanned Rifle), é de autoria da Sword.

Não há muitas informações sobre o armamento. No entanto, o site oficial da fabricante de armas afirma que “o SPUR foi projetado especificamente para oferecer precisão de fogo a plataformas não tripuladas, como o Ghost Robotics quadrúpede Vision 60”.

Todo esse potencial bélico permite que o cão-robô dispare cartuchos Creedmoor de 6,5 milímetros a uma distância de 1.200 metros com uma arma usada por franco-atiradores. E por falar nela, a SPUR possui sensores de alta capacidade, podendo ser operada tanto de dia quanto de noite.

Inovação problemática

Embora alguns possam encarar a novidade como uma inovação para o segmento bélico, é extremamente preocupante saber que a tecnologia já é capaz de criar robôs com certa autonomia equipados com armas de longo alcance, prontos para eliminar “quaisquer tipos de ameaças”.

É provável que a máquina seja testada pelas Forças Especiais Americanas, mas não se sabe qual é a autonomia do cão-robô, para quem a inovação foi projetada ou qual foi a motivação da criação.

Não à toa, a publicação da Ghost Robotics recebeu inúmeras respostas de desaprovação. “Isso é triste. Em que mundo isso é uma boa ideia? Aposto que a polícia está salivando com a chance de usá-los”, afirmou um dos usuários da rede.

A criação talvez sirva para o setor repensar sobre a conduta ética inicial ao utilizar máquinas autônomas (ou semiautônomas) para segurança. As máquinas falham. A inteligência artificial, desenvolvida por humanos falhos, também falha. E isso pode culminar em mais vítimas nas mãos de robôs.

No fim das contas, o pesadelo pode se tornar realidade — se é que isso já não aconteceu.

Fonte: Futurism

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