Depois de uma década à frente da empresa, o presidente da Square Enix, Yosuke Matsuda (59), deixará o cargo em favor de Takashi Kiryu (48), atual diretor de planejamento corporativo. A mudança foi comunicada durante uma conferência com investidores da publisher japonesa.

Matsuda não informou o que o levou à renúncia, mas citou que a mudança vem para dar à empresa por trás de marcas como Final Fantasy, Dragon Quest e Kingdom Hearts a capacidade de responder a uma “rápida mudança do ambiente de negócios”, conforme trecho do comunicado logo abaixo:

Montagem coloca lado a lado o atual presidente da Square Enix, Yosuke Matsuda, e seu sucessor, Takashi Kiryu.

Imagem: Square Enix/Divulgação

“Sob a rápida mudança do ambiente de negócios ao redor da indústria do entretenimento, a mudança proposta tem a intenção de reformar o time de gestão, sob o objetivo de adotar as inovações tecnológicas em constante evolução e maximizar a criatividade do grupo [Square Enix Holdings Co. Ltd.], a fim de entregar um entretenimento ainda maior aos seus consumidores por todo o mundo.”

Matsuda assumiu a liderança da Square Enix após a saída de Yoichi Wada, em 2013. Wada é, até hoje, uma das lideranças mais lembradas da empresa, tal qual Satoru Iwata foi para a Nintendo. Entretanto, o ano fiscal desastroso levou à troca de chefia. Matsuda, no entanto, não conseguiu reproduzir o legado de seu predecessor, tendo até sofrido críticas fortes recentemente após se mostrar favorável à adoção de NFTs e tecnologia blockchain nos jogos da companhia.

Kiryu, por outro lado, está na empresa desde a segunda metade de 2020, ingressado à Square Enix como gerente geral de processos corporativos. Segundo o Gematsu, menos de um ano depois, ele foi promovido para diretor de operações e CSO (Chief Strategy Officer). Em 2022, ele também entrou para o board de diretores da companhia.

É válido ressaltar que a Square Enix trata a mudança, ainda, como “proposta”, uma vez que pela legislação econômica do Japão, uma empresa com cotações na Bolsa de Valores deve ter a alteração de presidência ou outras lideranças aprovadas em comitê formado por investidores. Não há, no entanto, expectativas de que o conselho, quando se reunir novamente em junho, vá se opor à “dança das cadeiras”.

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