A novela do roubo bilionário de criptomoedas que assolou a Poly Network finalmente parece estar chegando em seus episódios finais. Na última quinta (26), a empresa revelou que recuperou na totalidade o equivalente a mais de R$ 3 bilhões levados por um hacker.

Grande parte desses recursos – divididos entre bitcoin, ethereum e outras moedas digitais – já tinha sido devolvido pelo próprio invasor, mas, agora, parte dos fundos que estava bloqueada por outra operadora de tokens foi liberada.

Poly e suas criptomoedas

Na prática, isso significa que, após um processo mais burocrático de análise e validação de dados, a Tether liberou à Poly Network cerca de R$ 175,3 milhões em USDT – a stablecoin mais popular do mundo.

Com o retorno de todo acervo de criptomoedas levado há algumas semanas, a empresa parece ter cumprido a palavra que deu a seus clientes de que resolveria a situação. Agora, seu objetivo parece ser retomar os serviços e reconquistar a confiança do público.

Para começar, a Poly disse que já habilitou novamente a integração de seu sistema com um total de 59 diferentes tipos de moedas digitais, permitindo que os usuários possam fazer transações entre diferentes criptomoedas com facilidade.

A companhia informa que esses recursos estão sendo restabelecidos gradualmente e de forma manual, garantindo a segurança e confiabilidade da plataforma. E aí, será que esse vai ser o final da história do roubo histórico de tokens? Continuaremos acompanhando.

Um resumão do ataque hacker histórico

  • 1) Em 10 de agosto, a Poly Network confirmou que uma falha em seus sistema permitiu que um invasor ganhasse acesso a milhares de tokens de moedas digitais dos usuários do site;
  • 2) Foram roubados cerca de US$ 267 milhões em Ether, US$ 252 milhões em Binance coins e “apenas” US$ 85 milhões em tokens USDC;
  • 3) A resposta da empresa aos hackers — ou hacker — foi pedir no Twitter, com muita educação, que eles se arrependessem e devolvessem o dinheiro: “Você deveria falar com a gente para chegarmos a um acordo”;
  • 4) Nesse meio tempo, a Poly e outras firmas de segurança conseguiram obter alguns dados dos invasores, incluindo email, endereço IP e o serviço utilizado por eles para transferir as criptomoedas;
  • 5) Um dia depois do ocorrido, os hackers se mostraram “sensibilizados” e começaram a devolver alguns milhões de dólares em tokens;
  • 6) Com toda a grana devolvida, a Poly Network quis pagar recompensa de R$ 2,6 milhões ao hacker, que negou o prêmio.
  • 7) Após a devolução do montante roubado, o hacker foi convidado a trabalhar como Conselheiro Chefe de Segurança da Poly, mas o acordo do contrato não foi divulgado.

Fonte: Decrypt

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