Esta matéria tem caráter exclusivamente informativo. Isto é: não recomendamos que você faça nenhuma modificação que possa danificar permanentemente o seu console, ok?

Quando o Xbox 360 Slim chegou às prateleiras em 2010, a ideia era que a segurança reforçada do console impedisse que modificadores desbloqueassem o videogame para rodar jogos piratas: algo “comum” — embora ilegal — para os dispositivos mais antigos. O que a Microsoft não esperava, no entanto, era que a comunidade descobrisse uma forma para hackear o console com uma furadeira.

Sim, você não leu errado. A mesma furadeira usada para fixar prateleiras e na montagens de móveis também servia para modificar os componentes originais da versão mais fina do Xbox 360. Inclusive, na última segunda-feira (9), o canal Modern Vintage Gamer no YouTube, resolveu explicar o método “Kamikaze Hack” no console da Microsoft, além de explicar detalhes sobre a segurança do videogame.

Segurança do Xbox 360 Slim

Antes de saber do método inusitado, é preciso, primeiramente, entender a segurança do Xbox 360 Slim e de seu antecessor. Na versão “tijolo” do console, de 2005, as modificações eram possíveis por meio de soldagem de chips diretamente na placa do videogame, ao direcionar o chip flash no drive de DVD. Esse processo desbloqueava o dispositivo e permitia a jogabilidade de jogos piratas nele.

Para dificultar a vida dos hackers, a Microsoft resolveu combinar o chip flash com o chip processador de sinal digital em um único pacote de chip MediaTek — que não poderia ser facilmente atualizado com firmware personalizado na versão mais fina do videogame.

Chips internos do Xbox 360 Slim

Microsoft reforçou segurança dos componentes internos do Xbox 360 Slim. Reprodução: Modern Vintage Gamer

A mudança, por si só, já dificultava o isolamento do chip flash para hackear o console. Mas a Microsoft foi além e envolveu o chip em uma resina para impedir que fossem retirados facilmente. Um bom método, não fossem as engenharias hackers dos modificadores.

Furadeira?

O problema é que o canal Modern Vintage Gamer mostrou que era possível abrir a unidade para que o console pudesse executar um firmware personalizado. Para isso, seria necessário fazer um furo no chip para desabilitar a proteção. Em outras palavras, o indivíduo precisaria de uma furadeira.

Mas a tarefa não era fácil: ao retirar a tampa do chip no Xbox 360 Slim, era possível visualizar as proteções contra gravações e as linhas terras do componente, mas um furo errado e o seu console estaria pronto para ser despejado na lata de lixo mais próxima.

“Essencialmente, você tem uma chance. E se você errar, acabar completamente o seu disco”, contou o canal.

Com técnica (e uma pitada de sorte), a proteção do videogame era “quebrada”, o que permitiria atualizar a unidade com firmware personalizado e, consequentemente, tornar o console pirata.

É provável que, se esse método fosse bastante difundido na época, milhares de Xbox 360 Slim fossem descartados — não é à toa que a prática carrega “kamikaze” em seu nome. No entanto, isso serve como mais uma demonstração que, ao que parece, os hackers sempre encontram um novo jeito para burlar o sistema.

Fonte: Kotaku

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Michael Carvalho Gonçalves
10 de agosto de 2021 17:33

Claro que se o furo fosse feito de forma incorreta a placa seria perdida, porem os dados eram facilmente copiados de uma placa para outra pois o setor danificado era o que girava o motor central, ou seja, o que fazia o disco girar. Nenhum xbox era perdido, pois nessa época já era possível aplicar o hack do reset glitch (RGH uma evolução do hack JTAG) caso a dvdkey fosse perdida.