O alto poder de processamento das placas de vídeo é aproveitado não só pelos gamers e mineradores de criptomoedas em todo o mundo. Elas já foram usadas, por exemplo, para criar um sistema de previsão do tempo instantânea e agora ganharam uma nova aplicação na ciência ao simular uma célula viva.

Nos Estados Unidos, cientistas da Universidade de Illinois criaram uma modelo dinâmico em 3D de uma célula viva usando um software acelerado por três GPUs da Nvidia. As placas permitiram simular 7.000 processos de informação genética em 20 minutos – o que ficou registrado como a simulação mais longa e complexa de uma célula até hoje.

“Mesmo uma célula mínima requer 2 bilhões de átomos. Você não pode fazer um modelo 3D como este em uma escala de tempo humana realista sem GPUs”, disse Zaida Luthey-Schulten, professora de química da universidade.

Placas de vídeo na ciência

A simulação replicou as características físicas e químicas de uma célula mínima em uma escala de partículas. Uma célula mínima tem apenas o conjunto mínimo de genes necessários para sobreviver, funcionar e se replicar. O projeto que usou o poder computacional das placas de vídeo mostrou informações sobre os processos fundamentais que ocorrem dentro das células vivas.

Foto de placa de vídeo da Nvidia

Foto: Christian Wiediger/Unsplash

A pesquisa demonstra o potencial de simulações de células inteiras, o que poderia ajudar os cientistas a prever como as mudanças nas células do mundo real afetariam sua função.

Gêmeo digital da Terra

Com a promessa de uma computação de vanguarda chamada Million-X, a Nvidia quer criar uma versão digital da Terra para ser usada como modelo climático do planeta.

Nvidia planeja criar “gêmeo digital” da Terra para modelagem climática

Imagem: reprodução / YouTube

A computação acelerada, como classifica a Nvidia, envolve o uso de hardware especializado para permitir que os processadores paralelos, em vez dos seriais, acelerem o tempo de trabalho. A empresa já conseguiu demonstrar velocidade de processamento serem aceleradas mais de 1.000 vezes.

Em outras palavras, essa computação acelerada permite coisas incríveis, como, por exemplo, usar o aprendizado profundo para aumentar drasticamente a velocidade da química quântica. O resultado disso, seria a produção de medicamentos muito mais rápido do que nunca.

Bom, mas a Nvidia quer usar a computação Million-X para construir uma segunda Terra; digital. A proposta é que o projeto permita a modelagem de mudanças climáticas em nível mais regional. Prever como nosso planeta pode mudar pode ser uma vantagem para saber ou que fazer ou, na pior das hipóteses, a premonição de algo “sem volta”. Para se ter uma ideia do potencial da tecnologia, a cada 0,25 segundo é possível prever com precisão as condições climáticas dos próximos 7 dias.

Nvidia planeja criar “gêmeo digital” da Terra para modelagem climática

Imagem: reprodução / YouTube

Via: ZDNet

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