Um cheat para lidar com cheaters. É assim que o criador de um novo programa de mira automática para jogos de FPS define seu novo programa de trapaças, que usa hardware externo e um sistema de machine learning para se tornar completamente indetectável.

Apesar das “boas intenções”, o programa está disponível para qualquer pessoa – em versão gratuita ou paga – e promete funcionar tanto em PCs quanto consoles. Ou seja: as partidas online de praticamente qualquer shooter estão em perigo.

Ajuda externa

Grande parte dos softwares voltados para cheats como wallhack e autoaim se baseiam em alterações no próprio executável do jogo – ou em alguns de seus arquivos – ou em inserções nos campos de leitura de escrita de memória do computador.

Com isso, ferramentas de combate a esse tipo de atividade sabem exatamente onde procurar e têm mais chance de desabilitar, impedir ou banir os cheaters de se proliferarem, embora não faltem exemplos de jogos repletos de bots e trapaceiros.

Nesse novo programa, a proposta é diferente: o software lê diretamente os frames que vêm da GPU e utiliza um algoritmo baseado em machine learning (aprendizado de máquina) para detectar silhuetas humanas com uma velocidade e precisão assustadoras.

Depois, utilizando um dispositivo externo ou um controlador virtual para mouse, teclado ou controle, é emitido um sinal para o disparo da arma. Tudo isso faz com que ele seja eficiente tanto no combate quanto na furtividade contra detecções.

Cheaters vs cheaters

Por conta desse tipo de funcionamento, o programa pode ser rodado e comandar a ação até mesmo em outro PC conectado a uma placa de captura e à máquina principal, dificultando ainda mais que o cheater seja pego no pulo.

Enquanto a versão gratuita do programa oferece o básico da trapaça – mira e tiros automáticos – a edição paga, que custa cerca de US$ 50 (R$ 258), traz configurações de onde atirar, compensação de recuo de armas e muito mais.

O time por trás do projeto diz que o software é uma forma de ajudar os jogadores a lidar com os cheaters, especialmente nos consoles, mas não é preciso pensar muito para entender que a ideia é, no mínimo, ruim.

Fonte: Tom’s Hardware

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