O futuro da computação é híbrido e quântico; entenda essa viagem
Clássico, fotônico, híbrido ou quântico, o computador do futuro é impressionanteBy - Renata Aquino, 5 novembro 2021 às 11:57
Sem dúvida nenhuma, é impossível prever o futuro. Mas, uma coisa é certa: as próximas décadas em computação prometem ser bem diferentes do que já sonhamos um dia. A Lei de Moore, que determinava que a tendência histórica da indústria de microchips e processadores era dobrar a cada dois anos, já é considerada ultrapassada.
A computação clássica, baseda em código binário – zeros e uns, já não oferece o retorno de desempenho esperado. E até os supercomputadores poderão deixar de ser utilizados a favor de outros sistemas.
Hoje existem quatro sistemas principais de computação: clássico, fotônico, híbrido e quântico. Vamos brincar de imaginar o futuro da computação, então?
Computadores clássicos
Sim, os computadores clássicos continuarão fazendo parte das nossas vidas por bastante tempo; mais que 30 anos certamente. Eles são a forma mais básica de computação e seriam como papel e caderno, sua utilidade continuará existindo.
Já os smartphones continuam com seu papel de destaque na comunicação que têm hoje. Terão mais capacidade de processamento embutida e poderão criar aplicativos e algoritmos, muito parecido ao que já fazem atualmente. Estarem conectados à nuvem continuará sendo sua função mais importante. Mas podem também serem, em algum momento, substituídos por óculos de realidade mista ou até implantes neurais.
Computadores fotônicos
O fóton é a partícula elementar da mediadora da força eletromagnética. Isto significa que ele é a menor partícula de luz. Um sistema de computação fotônico poderia realizar operações na velocidade da luz. Ao mesmo tempo, não necessitaria de muito fornecimento de energia, uma vez que eles são capazes de gerar a sua própria luz.
O computador fotônico já é uma realidade mais próxima depois que pesquisadores da IBM e do Instituto de Ciência e Tecnologia de Skolkovo desenvolveram um equipamento que pode substituir os atuais processadores e transistores de silício. A descoberta foi publicada em setembro na revista científica Nature.
Uma das aplicações para este tipo de computação pode ser em veículos autônomos de nível 5, quando os carros dispensarão não somente o motorista humano, mas também não deverão mais trazer sequer volante ou pedais. Isso, sem contar a autonomia para funcionar independente de rede elétrica (ou combustível).
Um pequeno computador fotônico pode utilizar 1/100 da energia necessária por um supercomputador gigante atual e produziria 1000 vezes mais que este.
O futuro é híbrido
Computação quântica (baseada na física de partículas) e clássica também podem funcionar juntas em sistemas híbridos. Os sistemas quânticos e clássicos existiriam, principalmente, pois os computadores binários poderiam servir como controladores que transferem comandos para as máquinas quânticas.
É possível ainda que algoritmos específicos necessitem dos esforços combinados da computação clássica e quântica para realizar operações.
Estes sistemas podem ser os primeiros computadores quânticos disponíveis comercialmente. É improvável, entretanto, que esta tecnologia esteja disponível nos próximos 30 anos. Ela poderia ser utilizada para fins como viagens no tempo. Já pensou?!
É possível, entretanto, que tenhamos um intermediário da computação quântica. Sistemas quânticos adaptados com computadores clássicos para finalidades específicas, como lidar com um contexto multitarefas. Um exemplo poderia ser um computador para monitorar vôos no aeroporto, acertando horários e outras variáveis matemáticas.
Computação quântica
Computadores quânticos devem existir nos próximos 20 anos, nas previsões mais otimistas. Atualmente, são experimentos de laboratório que resolvem problemas matemáticos. No futuro, devem servir para melhorar a inteligência artificial e a fusão nuclear a frio, por exemplo.
O potencial da computação quântica é imensurável. Seja para encontrar curas para doenças, novos componentes químicos ou diversos outros fins. Difícil é saber se levará 10, 30 ou até 100 anos para que a tecnologia seja costumeiramente usada entre nós.
Fonte: TNW
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