iPhone pode ser hackeado sem clique do usuário, diz relatório
By - Cesar Schaeffer, 20 julho 2021 às 10:31
A Apple sempre bateu na tecla de que o iPhone prioriza a segurança e privacidade dos seus usuários. Agora, em um estudo publicado nesta segunda-feira (19), a Anistia Internacional afirma que os iPhones podem, sim, ser hackeados mesmo que a vítima não clique em qualquer link malicioso.
O relatório surge dias depois da bombástica revelação de que vários jornalistas, ativistas e políticos de 50 países tiveram seus smartphones invadidos por um malware de espionagem, o Pegasus. Ao infectar um dispositivo, a ferramenta é capaz de abrir a câmera e o microfone do celular, além de acessar dados contidos no aparelho.
Criado pela empresa israelense de cibersegurança NSO Group, o Pegasus é praticamente um “espião de bolso” capaz de atacar tanto dispositivos Android quanto iPhones (iOS). Segundo a empresa que o desenvolveu, o programa é vendido somente para agências governamentais e usado somente para perseguir terroristas e grandes criminosos.
E, ainda que a Apple não dê o braço a torcer sobre a segurança de seus dispositivos, a Anistia Internacional afirma que os atacantes conseguiram comprometer completamente a segurança dos iPhones de formas “ainda desconhecidas” para a empresa de Cupertino.
Normalmente, o que os cibercrimonosos fazem para invadir um telefone é induzir o usuário a clicar em algum link malicioso que abra a possibilidade se infiltrar no aparelho. Claro, ainda que esta seja a forma mais comum de ataque, os hackers já desenvolveram também outras táticas atualmente – às quais os telefones da Apple seriam vulneráveis.
No mesmo relatório, a Anistia Internacional descobriu que a atualização para a versão mais recente do iOS não é suficiente para impedir a invasão. O estudo revelou que o ataque do Pegasus foi bem sucedido inclusive no iPhone 12, que roda o iOS 14.6.
O estudo foi publicado no mesmo dia que a Apple lançou a atualização 14.7 do iOS, mas a empresa não detalha nenhuma nota de segurança sobre a nova versão e também ainda se pronunciou sobre a análise da Anistia Internacional.
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