O YouTube pode estar se preparando para entrar em uma batalha no mundo dos streamings — em especial contra o Spotify, que é um dos comandantes no universo dos podcasts. Isso porque já indícios que a empresa está se preparando para lançar uma página dedicada a esses conteúdos em áudio.

Segundo um documento vazado e obtido pela publicação Podnews mostra mais detalhes sobre a futura página inicial de podcasts, bem como planos do serviço do Google para incluir recursos de monetização.

Dentro do documento, por exemplo, há a indicação de que o YouTube estaria trabalhando em suporte a “novas métricas” projetadas para criadores de conteúdo que priorizam o áudio, bem como a integração de dados da plataforma com informações de serviços terceiros para medição de dados de programas de áudio.

Podcasts, um passo natural na estratégia da empresa

Pode-se dizer que o assunto não é exatamente uma novidade para o YouTube, visto que muitos podcasters atualmente utilizam a plataforma para exibir os bastidores das suas gravações que, por sua vez, são compartilhadas em outros streamings com foco em áudio, como o Spotify.

A prática, aliás, se popularizou de tal forma que a própria companhia começou a incentivá-la, convidando grandes podcasters a filmarem os bastidores de seus programas — e oferecendo uma grana para que eles fizessem isso. Em março deste ano, uma reportagem da Bloomberg mostrou que os valores ofertados pela empresa chegaram a US$ 300 mil para alguns âncoras de shows populares.

YouTube

Foto: Freestock/Pexels

Além do documento informando mais detalhes sobre o possível redirecionamento do foco da empresa, há também um forte argumento que vem junto com a recente chegada de Kai Chuck. A contratação, realizada em outubro passado, foi confirmada à época pela newsletter Hot Pod, do The Verge, que citou um porta-voz da empresa como fonte, salientando o papel do executivo no universo Google: “gerenciar o grande volume de podcasts e relacionamentos existentes na plataforma do YouTube”.

Ou seja, basicamente Chuck foi contratado para gerenciar conteúdos e comunidades de programas de áudio dentro da plataforma. Ter um líder no assunto atuando internamente mostra o quanto o YouTube estaria disposto a investir no assunto.

Fora isso, o nicho de áudio é de grande interesse comercial para o Google, já que 15% das pessoas que escutam música na plataforma o fazem utilizando o recurso de ouvir “em segundo plano“, ou quando o usuário deixa o som rolando sem necessariamente estar assistindo ao vídeo (resumindo: podcasts seriam bem-vindos pelo público).

Ademais, investir neste mercado é uma forma extra de monetizar a plataforma, então o movimento portanto, é um caminho que pode-se dizer até natural para a empresa.

Vale dizer que foi justamente esses mesmos passos que fizeram com que a empresa enveredasse pelo mundo da música: por ter uma quantidade significativa de usuários utilizando o serviço do Google para ouvir sons de vídeoclipes disponibilizados na plataforma — o que posteriormente se tornou o YouTube Music.

Via: TechCrunch

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