Está difícil sair do sofá, se movimentar e deixar definitivamente o sedentarismo? O videogame pode uma saída estratégica (e funcional). De acordo com uma nova pesquisa da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, os jogos ativos – chamados de “exergaming“, em uma fusão das palavras games e exercícios – pode ser o primeiro passo para ajudar as pessoas a serem mais ativas.

Entram nessa categoria jogos em que, além do controle ou mouse e teclado, o jogador precisa se mexer – literalmente. Alguns exemplos são os populares Dance Dance Revolution, EA Sports Active e Beat Saber. Existe opção para praticamente todos os consoles: PlayStation, Xbox e Nintendo Switch.

Videogame pode ser a solução para o sedentarismo, diz estudo

Imagem: Shutterstock

O estudo diz que quem “pratica” esses jogos mais ativos reporta altos níveis de satisfação e uma sensação de autonomia sobre suas atividades físicas. “Eles se sentem donos do que estão fazendo e estão fazendo isso por si mesmos, então é mais provável que mantenham a atividade”, avalia o professor Sami Yli-Piipari, coautor do estudo que foi publicado no “International Journal of Sport and Exercise Psychology”.

Malhar, correr ou jogar videogame?

Se muita gente não curte pegar peso, correr ou praticar qualquer outro tipo de atividade física, a diversão embutida no videogame é a chave para alimentar essa vontade de se movimentar e, principalmente, continuar. Para outro autor da pesquisa, Yongju Hwang, a vontade de jogar pode “ajudar as pessoas a mergulharem na atividade física sem as pressões ou o tédio que às vezes acompanham a ida à academia”.

Videogame pode ser a solução para o sedentarismo, diz estudo

Imagem: Bruce Mars / Unsplash

Sedentários hi-tech

O estudo acompanhou 55 pessoas que praticam bem menos que os 150 minutos de atividade física recomendados por semana pela Organização Mundial de Saúde. Eles foram aleatoriamente indicados à prática de aulas de aeróbica tradicional, três vezes por semana, durante seis semanas – ou para algum game ativo.

A pesquisa mediu a atividade física e o esforço durante as sessões de exercícios com acelerômetros, monitores de frequência cardíaca e uma escala que mede o quanto os participantes acreditavam que estavam se exercitando. Os pesquisadores também avaliaram o prazer dos participantes em seus treinos e sua motivação para se exercitar.

Resultado: aqueles que fizeram as aulas “normais” se exercitaram mais que os que jogaram videogame – é verdade. Mas, por outro lado, quem jogou, se divertiu mais e também se movimentou.

E, no fim das contas, com maior senso de controle sobre a rotina de exercícios, os jogos ativos tornam mais provável que essas pessoas continuem “praticando” os games e, possivelmente, estejam mais abertos a outras atividades físicas no futuro.

E você, o que acha dessa conclusão? Já experimentou algum desses “exergames”? Será que funciona mesmo? Deixe sua opinião nos comentários e participe.

Via: ThePrint

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