Já faz algum tempo que o metaverso é considerado como uma das tecnologias do futuro. Mas se o horizonte é apontado como algo promissor, o presente preocupa. Especialmente com o balanço que aponta uma queda massiva no consumo de dispositivos de realidade virtual (VR) em 2022.

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Segundo uma pesquisa feita pela NPD Group e compartilhada com a CNBC, as vendas de headsets VR nos EUA caíram 2% (em relação a 2021) para um patamar de US$ 1,1 bilhão. O cenário fica ainda pior quando o recorte em escala global aponta uma queda de remessas de 12% (para 9,6 milhões) destes mesmos dispositivos.

Existem algumas justificativas para isso: reestabelecimento dos estoques de consoles, cenário pós-pandêmico — embora a pandemia ainda não tenha efetivamente acabado —, além do fato de alguns dispositivos mais recentes, como o Meta Quest Pro, serem lançados por um preço alto de US$ 1.499.

Mas não são apenas as quedas nas vendas de dispositivos VR que preocupam os entusiastas do metaverso. Mesmo com todo o hype e investimentos bilionários das empresas tech, um reporte da Revelio Labs mostrou que os anúncios de emprego envolvendo esse universo virtual caíram 81% entre abril e junho deste ano.

Além disso, uma pesquisa semestral da Piper Sandler feita com 7.100 adolescentes constatou que 50% dos respondentes admitiram ter “pouca ou nenhuma intenção de comprar um dispositivo VR para acessar o metaverso”.

Metaverso

Imagem: Iryna Imago/Shutterstock.com

Apenas um hype ou vai vingar?

Com isso, a dúvida em torno da tecnologia divide ainda mais opiniões. Justiça seja feita, o metaverso nunca foi unânime — assim como criptomoedas, NFTs e afins. Mas a cada nova notícia pessimista, crescem as opiniões de que a inovação pode tratar-se apenas de algo passageiro.

De um lado, há empresas como a Meta — que trocou de nome justamente por conta do ambiente virtual — que segue acreditando em um futuro metavérsico (?), mesmo com a compreensão de que o segmento não deva trazer um retorno financeiro por cerca de uma década.

De outro, existem uma legião de indivíduos que não parece muito empolgada com a tecnologia, seja por falta de experiências mais concretas, ou pela falta de acessibilidade oriunda de dispositivos VR mais caros.

A discussão certamente deve se estender durante os próximos anos e talvez somente o tempo mostre se o metaverso será (ou não) tudo isso o que apontam. Mas uma coisa é certa: se a queda de vendas de dispositivos VR continuar, a realidade deste universo virtual não será tão positiva quanto pensam.

E sem usuários o bastante para as interações e experiências, o resultado poderá ser algo semelhante à descrição do metaverso vista em um documento interno da Meta: “triste” e “vazio”.

Via: TechSpot

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