Com a pandemia, muitas pessoas foram convidadas a trabalhar de suas casas, estabelecendo um modelo de produção similar ao trabalho remoto que há tempos é praticado por muitos profissionais no mercado, especialmente em áreas como TI. Mas a adaptação não foi simples para todos e muitos penaram em equilibrar a vida profissional com a pessoal, muito por conta dos limites temporais e de ambiente que simplesmente se mesclaram e o bem-estar se tornou algo longe da realidade de alguns.

Para evitar o esgotamento, é preciso estabelecer limites. E, para o CEO da Microsoft, Satya Nadella, também é essencial que a gestão ajude colaboradores a estabelecerem essa linha divisória.

“Sabemos o que o estresse faz com os trabalhadores”, disse ele, durante a Wharton Future of Work Conference, que aconteceu nesta quinta-feira (7), complementando que “precisamos aprender as soft skills, as boas práticas de gestão à moda antiga, para que as pessoas tenham seu bem-estar cuidado. Posso definir essa expectativa, que nosso pessoal possa receber um e-mail do CEO no fim de semana, mas não sentirem que precisam responder.”

Para ele, o bem-estar dos funcionários é uma peça-chave que as empresas deveriam garantir, para também assegurar um bom desempenho no trabalho. “Pensamos em produtividade por meio de métricas de colaboração e de produção, mas o bem-estar é uma das peças mais importantes da produtividade”, encerra.

Trabalho remoto, bem-estar e equilíbrio pessoal

A qualidade de vida e o balanço ideal entre vida pessoal e profissional é, inclusive, um dos fatores que mais tem influenciado pessoas a buscarem novos empregos, de acordo com dados do Índice de Tendências do Trabalho, divulgado pela Microsoft.

Dos entrevistados pertencentes à Geração Z e aos Millennials no Brasil, 44% estão propensos a considerar mudar de emprego ainda neste ano, em busca de uma posição que os permita priorizar qualidade de vida.

O Índice aponta também que a grande maioria (71%) dos profissionais brasileiros estão optando por trabalhos e lugares que permitam a eles colocar em primeiro lugar a saúde e o bem-estar.

Quando analisado apenas a América Latina, o percentual apontado pelo levantamento é similar: 70% dos funcionários estão optando por priorizar a saúde e o bem-estar, contra 53% dos trabalhadores em geral, olhando do ponto de vista global.

Via: Windows Central

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