[Review] The Callisto Protocol é bonito, assustador e visceral

The Callisto Protocol veio como um sucessor espiritual de Dead Space – game que, como grande fã de terror, sou fascinado. Portanto, as expectativas aqui estavam bastante altas. No entanto, já adianto que elas não foram necessariamente correspondidas.

Desenvolvido pelo Striking Distance Studios e lançado pela Krafton, o game traz uma atmosfera aterradora, com muitos momentos assustadores, mas que não sustentam um sistema de combate simples e frustrante em alguns momentos – além de um sistema de câmeras que mais atrapalha do que ajuda.

Quer saber se The Callisto Protocol vale a pena? O blog KaBuM! jogou o game – e tomou muitos sustos – para poder falar com propriedade se a experiência entrega tudo o que promete.

História

Imagem: Divulgação

A história do game segue alguns clichês do gênero de ficção científica, o que não é necessariamente ruim, já que há poucos títulos do tipo – mais voltados para o terror – disponíveis atualmente.

No jogo, controlamos Jacob, um piloto de cargas que, após ter sua nave invadida e derrubada por uma mercenária chamada Dani Nakamura, deve encontrar um jeito de sair de Callisto, uma das luas de Júpiter. Lá, ele é preso em um complexo de segurança máxima que, subitamente, é atacado por uma ameaça inimaginável.

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Esse é o pano de fundo que rege o jogador por toda a gameplay. O objetivo é fugir do local com vida. No entanto, isso não vai ser fácil, já que há criaturas de vários tipos espalhadas pelo complexo.

Ambientação

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Grande parte da construção da história se deve à atmosfera de The Callisto Protocol. Isso porque é ela que dá o tom ao game, o que chama a atenção do jogador e o que rege grande parte da jogatina.

Por conta disso, há sempre uma sensação de medo, apreensão e ansiedade, já que, a qualquer momento, um monstro pode pular de um duto de ar ou simplesmente sair de algum buraco no chão.

Os sustos são frequentes e mostram que você nunca está seguro, pois o local esconde muitos segredos e passagens que podem servir de esconderijo para as criaturas.

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O interessante disso tudo são os sentimentos atribuídos à jogatina. Eu, por exemplo, não sentia um medo tão grande de andar por corredores escuros desde Alien: Isolation. Portanto, ponto positivo para The Callisto Protocol em despertar tais sentimentos.

Além disso, por conta da trilha sonora quase inexistente, os barulhos do lugar se tornam muito mais evidentes – e o trabalho aqui é de tirar o chapéu. Isso porque, se você tiver com um fone de ouvido, será possível perceber sons ao redor e distinguir exatamente de onde eles vêm. Não que isso seja algo reconfortante, já que, muitas vezes, são barulhos assustadores.

Gráficos

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Na questão gráfica, The Callisto Protocol é um show à parte. Os modelos de personagens são detalhados, os inimigos são muito bem feitos e os cenários são bastante realistas. As animações de morte são de tirar o fôlego de tão impressionantes.

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Esse é o grande triunfo do game. Há várias questões em diversos elementos, mas graficamente falando, é tudo muito bonito. Tudo isso, aliado ao jogo de luz e sombra, faz com que o game seja surpreendente em criar sua atmosfera de terror e sustos que é um dos grandes destaques aqui.

Combate

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No entanto, apesar de prometer muito, o combate é uma das maiores decepções do game. Isso porque, a ideia de tudo é boa, mas a execução, nem tanto.

A começar pelo sistema de esquivas, que é, de certa forma, automático. Quando um inimigo é avistado e o personagem entra na posição de luta, é possível desviar para a esquerda ou direita para evitar os golpes do adversário. No fim, não importa para qual lado você vá, quase sempre a esquiva está correta.

No entanto, quando erra, pode ser o fim do personagem, já que, mesmo nas dificuldades mais baixas, errar uma esquiva resulta na diminuição da energia vital do personagem – que já não é muita. Além disso, fugir quase nunca é uma opção, principalmente porque os inimigos são muito rápidos. Portanto, os embates são quase obrigatórios – e frustrantes em alguns momentos.

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Nesses momentos, a câmera também não ajuda, já que ela fica localizada próximo ao corpo do personagem. Por conta disso, se o cenário contar com mais inimigos em volta, dificilmente você os enxergará. Portanto, embates com vários inimigos por vez quase sempre resultam em morte.

As armas também são variadas dentro de sua proposta, mas poderiam ser mais inventivas, principalmente o canhão que segura ou repele inimigos e objetos. Eu esperava algumas aplicações mais interessantes do que apenas jogar inimigos para longe.

Conclusão

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De qualquer forma, The Callisto Protocol é um bom jogo de terror se você for calejado dos games do gênero – principalmente Dead Space. Por conta disso, é uma ótima experiência para quem procura um título de sobrevivência e quer tomar alguns sustos.

Vale lembrar que The Callisto Protocol está disponível para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S/X.

A análise foi feita com base em uma cópia de PlayStation 5.