[Atualizado às 18h18] Posicionamento da Meta inserido no texto.

Os terroristas que promoveram a invasão ao Planalto e a outras partes do governo federal em Brasília, no último domingo (8), conseguiram roubar HDs de computadores posicionados nas salas dos edifícios atacados. De acordo com a Secretaria Especial de Comunicação Social (SECOM), os golpistas antidemocráticos agiram com inteligência prévia, sabendo o que e onde fazer.

Segundo informações do Convergência Digital e da Agência Brasil, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que as redes sociais (Facebook, TikTok e Twitter) bloqueassem 18 contas suspeitas de ligação com a invasão.

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, durante pronunciamento onde ordenou o bloqueio de 18 contas de terroristas ligados aos ataques em Brasilia

Imagem: YouTube/Reprodução

“A omissão das autoridades públicas, além de potencialmente criminosa, é estarrecedora, pois, neste caso, os atos de terrorismo se revelam como verdadeira ‘tragédia anunciada’, pela absoluta publicidade da convocação das manifestações ilegais pelas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens, tais como o WhatsApp e Telegram.” – Alexandre de Moraes, ministro do STF

Falando com o blog KaBuM!, a assessoria de imprensa do TikTok não teceu comentários, mas uma outra fonte ouvida pela nossa equipe confirmou que, das 18 contas ordenadas para bloqueio, duas estavam na rede social da ByteDance: sem revelar quais eram essas contas, fomos informados de que ambas já foram excluídas. 

A Meta, que responde pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, disse por meio de sua assessoria de imprensa:

“Antes mesmo das eleições, designamos o Brasil como um local temporário de alto risco e passamos a remover conteúdos que incentivam as pessoas a pegar em armas ou a invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios públicos. No domingo, também designamos este ato como um evento violador, o que significa que removeremos conteúdos que apoiam ou exaltam essas ações. Estamos colaborando com as autoridades brasileiras e continuaremos removendo conteúdos que violam nossas políticas.”

Nós também procuramos a assessoria do Telegram, mas não tivemos resposta até o fechamento desta nota.

Mais além, a Advocacia Geral da União (AGU) ordenou às operadoras de telefonia e prestadoras de serviços de internet que resguardassem os dados de conexão por um prazo de três meses (90 dias) para que equipes técnicas de investigação usem as informações de geolocalização dos dispositivos pertencentes a pessoas que estiveram presentes durante a invasão.

Terroristas podem ser autuados em até 15 crimes

Ao longo dos ataques efetuados ao governo federal, os golpistas cometeram diversos crimes, indo desde a depredação do patrimônio público até o roubo de itens pertencentes a outras pessoas (como por exemplo, câmeras e outros equipamentos de membros da imprensa que cobriam os eventos para seus respectivos veículos). O G1, por exemplo, afirmou que “pelo menos 15 crimes” foram identificados pelas autoridades, em variados graus.

“Entre eles [os crimes identificados], estão golpe de Estado, dano a bem público e lesão corporal. Também foram presas pessoas suspeitas de roubo a transeunte — no caso de jornalistas que tiveram materiais de trabalho roubados —, porte de arma branca e corrupção ativa. Os policiais cumpriram, inclusive, um mandado de prisão que já estava em aberto, contra um dos criminosos”, diz trecho da matéria.

O site aponta que o levantamento foi feito pela Polícia Civil do Distrito Federal (PC-DF) e os crimes citados ainda estão em estado de averiguação.

via Convergência Digital | Agência Brasil | G1

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