TSMC reserva US$ 21 bi para produção de chips; foco pode ser nos 2 nm
Recursos extras e novo processo de litografia podem ser armas da TSMC para avançar no mercado e bater de frente com a IntelBy - Marcelo Rodrigues, 16 fevereiro 2022 às 11:55
Diante da escassez global de chips no mercado, não é de se surpreender que as gigantes do setor estejam colocando dinheiro no setor não só para garantir mais suprimentos, mas também para sair na frente quando tudo se normalizar. Esse é o caso da TSMC, que acaba de aprovar um pacote de US$ 21 bilhões para ampliar sua capacidade de produção.
Se o valor reservado para a nova empreitada da fabricante taiwanesa parece grande é porque é mesmo: o montante equivale a pouco mais da metade do orçamento reservado pela TSMC para todo o ano fiscal de 2022.
Isso pode ser necessário para, principalmente, fazer frente à Intel, que tem injetado cifras cada vez maiores no setor, desde os US$ 20 bilhões investidos na construção de duas novas fábricas até a compra de uma empresa israelense de chips por US$ 5,4 bilhões.
Onde a TSMC quer chegar?
Mais do que garantir seu lugar no topo, no entanto, os bilhões de dólares reservados pela companhia podem financiar o desenvolvimento da produção comercial de chips com litografia de 2 nanômetros.
Já se sabe que a TSMC trabalha internamente na tecnologia há tempos, mas os avanços da Intel com seu processo 20A – que supostamente também aposta em peças de 2 nm – podem ter acelerado a busca da empresa por focar nessa modalidade de semicondutores.
Rumores da indústria indicam que a fabricante taiwanesa pode começar a produção em massa desses chips em meados de 2025, um prazo que se beneficiaria muito de recursos extras. Seja como for, o uso dos US$ 21 bilhões foi listado de forma genérica pela empresa, com o valor podendo ser investido em múltiplas iniciativas: atualização de capacidade tecnológica, projetos de pesquisa e desenvolvimento, e construção de fábricas.
Esse último ponto, aliás, pode guardar as respostas para o futuro da TSMC e seus chips de 2 nm. Isso porque, muito recentemente, a prefeitura da cidade de Taichung, em Taiwan, aprovou a expansão de um dos terrenos da companhia por lá, permitindo que novas linhas de produção sejam construídas no espaço adicional.
Via: Wccftech
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