O mensageiro Telegram assinou na última sexta-feira (25) o termo de adesão ao Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação no Âmbito da Justiça Eleitoral. A parceria, que visa combater as fake news relacionadas ao processo eleitoral e ao sistema eletrônico de votação, acontece após o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenar o bloqueio do aplicativo de mensagens em território brasileiro por falta de cooperação.

Telegram fecha parceria com TSE após reverter bloqueio do aplicativo no país

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Discutido na primeira reunião com um representante do Telegram no Brasil na quinta (24), o acordo prevê o compromisso do aplicativo em manter sigilo necessário, salvo autorização contrária, sobre as informações a que tiver acesso ou conhecimento no âmbito do TSE.

O programa também tem como foco a divulgação de informações oficiais sobre as eleições que acontecem em outubro, além de iniciativas de exclusão de conteúdos manifestamente inverídicos e considerados nocivos ao curso normal do pleito.

Além do Telegram, o TSE fechou parcerias com outras plataformas digitais, como Google, WhatsApp, Twitter, Facebook, TikTok e Kwai, além de agências de checagem, partidos políticos, entre outros.

Bloqueio do Telegram por ordem do STF

O acordo com a entidade da Justiça Eleitoral vem após ordem de bloqueio pelo STF por “falta de cooperação” do aplicativo com autoridades nacionais.

Telegram fecha parceria com TSE após reverter bloqueio do aplicativo no país

Imagem: BigTunaOnline/Shutterstock.com

A revogação da decisão de banimento do Telegram ocorreu dois dias depois do presidente da Corte, Alexandre Moraes, expedir a ordem sob pedido da Polícia Federal, que alegou falta de cooperação da plataforma, na sexta (18).

No domingo (20), o ministro afirmou ter recebido manifestação do mensageiro, informando o cumprimento de determinações anteriores, como bloqueio de perfis bolsonaristas na plataforma destinados a fake news.

 

Com informações do TSE e Agência Brasil

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