Após quatro tentativas de entrega de um ofício frustradas e uma segunda ao escritório de advocacia que representa o Telegram no Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral conseguiu se reunir com o representante do aplicativo de mensagens instantâneas pela primeira vez nesta quinta-feira (24). Na reunião, discutiram formas de colaboração para combate à desinformação, dando segurança às eleições deste ano.

Eleições 2022: TSE se reúne com representante do Telegram no Brasil para discutir combate à desinformação

Imagem: Antonio Augusto/secom/TSE

Apesar de ter evitado se comprometer diretamente, o representante do Telegram no Brasil, Alan Campos Elias Thomaz, disse que a plataforma está empenhada no combate à desinformação, informando que a proposta do Tribunal será encaminhada aos executivos do mensageiro.

Na reunião virtual, o TSE aproveitou para apresentar o Programa de Enfrentamento à Desinformação e demonstrar como ocorreria a parceria entre as duas instituições, com o conteúdo ideal da cooperação e os procedimentos para a formalização e a manutenção dos canais de contato. Questões como combate a comportamentos inautênticos que considerem a liberdade de expressão como fator essencial a esse trabalho também foram apresentadas durante a ocasião.

WhatsApp diz que se compromete com TSE, mas “nenhuma mudança significativa de produto” será realizada

“Em uma mensagem de tranquilidade e reconhecimento da importância do Brasil, o WhatsApp disse ao ministro Barroso [então presidente do TSE] que nada, nenhuma mudança significativa de produto será feita no Brasil até o fim das eleições”, afirmou Dario Durigan, chefe de políticas públicas da Meta Brasil, em entrevista ao site Poder360.

Eleições 2022: TSE se reúne com representante do Telegram no Brasil para discutir combate à desinformação

Imagem: Robin Worrall/Unsplash

Ao negar uma grande mudança, Durigan aproveitou para dizer que o aplicativo fez a lição de casa para se preparar para as eleições de outubro. Em 2018, o WhatsApp foi acusado de contribuir com as fake news — desinformação amplamente difundida — ao ser usado para disparo de mensagens em massa na última eleição presidencial.

 

Com informações de Uol e Convergência Digital

 

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