Supercomputador de inteligência artificial vai criar mapa 3D do universo
By - Cesar Schaeffer, 31 maio 2021 às 15:48
Um novo supercomputador vai ajudar a criar o maior mapa 3D do universo de todos os tempos. A máquina que está no National Energy Research Scientific Computing Center, em Berkley, nos Estados Unidos, promete avançar em uma das questões mais importantes da astrofísica.
Considerado o sistema mais rápido do planeta em matemática de precisão mista de 16 e 32 bits, exatamente a usada por algoritmos de inteligência artificial, o Perlmutter – como a supermáquina é chamada – ainda vai aprimorada e ter um ganho de desempenho este ano.
Na criação do mapa 3D do universo, o supercomputador vai processar dados do Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI), um tipo de câmera cósmica que pode capturar até 5.000 galáxias em uma única exposição. A velocidade das GPUs do Perlmutter permite a captura de dezenas de exposições de uma noite para saber para onde apontar o DESI na noite seguinte.
“Estou muito feliz com as acelerações de 20x que obtivemos nas GPUs em nosso trabalho preparatório”, disse Rollin Thomas, um arquiteto de dados que está ajudando os pesquisadores a preparar seu código para Perlmutter.
O supercomputador Perlmutter
Mais de duas dezenas de aplicativos estão preparadas para estrear as 6.159 GPUs A100 da Nvidia do Perlmutter. Segundo a AMD, além das GPUs, a máquina tem 1.536 nós, cada um com um processador Epyc 7763 de 64 núcleos. O resultado é um sistema com quase quatro exaflops de desempenho (mais 35 petabytes de armazenamento) para executar com tarefas de inteligência artificial.
Com a atual configuração, o Perlmutter é capaz de processar as informações de um ano capturadas pelo DESI em poucos dias. Em uma segunda fase, que ocorrerá até o fim do ano, o supercomputador vai ganhar outros 3.072 nós apenas de CPU, cada um com dois chips Epyc 7763.
Um mapa 3D do universo
O mapa 3D do universo promete avançar os estudos sobre a energia escura, a física misteriosa por trás da expansão acelerada do universo, que foi descoberta no trabalho vencedor do Prêmio Nobel de 2011 de Saul Perlmutter, um astrofísico do Berkeley Lab que serviu de inspiração para o nome do novo supercomputador.
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