Qualcomm luta para atender demanda por Snapdragon 888
By - Cesar Schaeffer, 12 março 2021 às 12:43
A escassez de semicondutores é mundial; primeiro, atingiu a indústria automobilística e agora afeta o setor de eletrônicos. Devido à situação, a Qualcomm está passando por maus momentos para atender à demanda por seus processadores usados em smartphones e outros dispositivos, em especial o novo Snapdragon 888, mas também os chipsets intermediários fabricados pela empresa. É o que indica um relatório recém-divulgado pela Reuters.
A coreana Samsung seria uma das primeiras empresas afetadas pela escassez de processadores da Qualcomm. O chipset top de linha Snapdragon 888 foi lançado no final do ano passado e hoje está presente em uma série de dispositivos premium, entre eles, a linha Galaxy S21, da Samsung.
Um representante da Qualcomm disse à Reuters que a empresa acredita que pode cumprir sua previsão de vendas para o segundo trimestre. Por outro lado, um executivo sênior de uma importante empresa contratada para várias fabricantes de smartphones disse que seria necessário cortar as remessas de aparelhos este ano.
Algumas causas do problema da Qualcomm
O Snapdragon 888 ainda é novo; assim, as partes principais do chipset vêm da divisão separada de fabricação de chips da Samsung Electronics. Além disso, a fabricação do processador usa um novo processo de 5 nanômetros que é difícil de aumentar rapidamente.
Com o bloqueio dos Estados Unidos a componentes produzidos pela chinesa Huawei, a procura por processadores da Qualcomm disparou nos últimos meses. Combinado à alta demanda, a falta de alguns componentes usados na fabricação dos seus processadores, está complicando a vida da Qualcomm para atender todos os pedidos.
“Ainda temos nossa demanda basicamente maior do que a oferta”, disse o presidente-executivo da Qualcomm, Cristiano Amon, a investidores durante a reunião anual da empresa na quarta-feira (10).
Escassez global
A Qualcomm não é a única empresa afetada pela escassez global de semicondutores. Vários fabricantes de eletrônicos e automóveis estão lidando com o problema. No mês passado, o vice-presidente da Xiaomi, Lu Weibing, lamentou a crise de chips. “Não é uma escassez, é uma escassez extrema”, declarou ele em uma rede social chinesa.
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