O governo dos EUA divulgou restrições para o comércio com mais de 10 empresas da China. As justificativas seriam a preocupação com a segurança nacional e a política externa. De acordo com o governo americano, essas empresas ajudam a China a desenvolver seu programa de computação quântica.

A restrição é um último acontecimento em uma série de tensões entre os Estados Unidos e China. No início de novembro, o comércio entre os dois países foi discutido em um encontro virtual com líderes de governo.

Oito empresas de tecnologia chinesas foram adicionadas à “Lista de Entidades” por seu papel em ajudar os esforços do exército chinês na iniciativa de computação quântica. As companhias também teriam tentado adquirir itens com origem americana para apoiar fins militares.

China cada vez mais presente em “Lista de Entidades”

China

China. Imagem: Philippsaal/Pixabay

A “Lista de Entidades” reúne nomes considerados desfavoráveis para os EUA desde o governo Trump. Com a justificativa de proteção à segurança nacional, a lista tem crescido.

O Departamento do Comércio indicou ainda que 16 indivíduos e entidades operando na China e Paquistão foram adicionados à lista por terem se envolvido no “programa de mísseis balísticos ou atividades nucleares perigosas do Paquistão”.

Cerca de 27 novas empresas foram adicionadas à lista. São representantes da China, Japão, Paquistão e Singapura. Além disso, o Instituto de Física e Tecnologia de Moscou foi adicionado à lista, sem detalhes do que o instituto produziu de equipamento militar.

Os novos nomes na lista têm como objetivo evitar que tecnologia americana apoie o desenvolvimento de iniciativas na China e Rússia. Seriam ações ligadas ao avanço militar e há preocupação também com infrações à não-proliferação de armas nucleares, como com as atividades do Paquistão e seu programa de mísseis balísticos. As informações foram dadas em comunicado do Departamento do Comércio pela secretária Gina Raimondo.

A Huawei é um nome registrado desde 2019, com a justificativa que seria um risco à segurança nacional dos EUA. Isto fez com que a gigante chinesa perdesse alguns de seus principais fornecedores, além de impedir uma maior produção de celulares pela marca.

Após as restrições, a Huawei está em negociações avançadas para vender seu negócio de servidores x86. Apesar de o valor exato da operação não ter sido divulgado, a expectativa é de que envolva bilhões de yuans, a moeda oficial da China.

O governo chinês mantém a negação de que participaria de qualquer tipo de espionagem industrial.

Via BBC

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