‘AirTag’ caseira feita na China funciona (quase) tão bem quanto a original, mas custa bem menos
AirTag da Apple é vendida por preços a partir de R$ 369 no Brasil, mas solução chinesa sai por pouco mais de R$ 20By - Rafael Arbulu, 2 agosto 2023 às 11:50
Quem está habituado a perder coisas já sabe da utilidade que tem a AirTag da Apple: o pequeno dispositivo, do tamanho de um chaveiro, serve para ser acoplado a qualquer item de sua escolha que, uma vez perdido, pode ser procurado por meio de uma interface dedicada no iPhone, que vai guiá-lo até a posição do objeto. Isso vale para toda a sorte de item, aliás: há casos de AirTags sendo acopladas a carros, chaveiros, pacotes do correio além, claro, de smartphones e, infelizmente, perseguições.
O problema: a AirTag é cara. Aqui no Brasil, a Apple vende uma unidade por R$ 369, e um kit com quatro unidades sai por R$ 1.249. Mas como tudo o mais que pesa no seu bolso, a China conta com uma solução de quaaaaaase igual capacidade, por bem menos.
O produto não tem nome e, até onde conseguimos pesquisar, não há uma autoria atribuída: trata-se de um projeto caseiro que vem comumente sendo referido desta forma – “AirTag Caseira” – e ela custa cerca de 30 renmimbi (RMB) – o que dá R$ 20,06 pela cotação de hoje (2).
Segundo o perfil “@DuanRui” no X/Twitter, o produto tem quase todas as atribuições da AirTag original, oferecendo a posição dos objetos aos quais ela é acoplada, além de uma interface bastante parecida com aquela vista nos iPhones.
A única diferença: a AirTag original tem suporte a um recurso chamado ”UWB” – sigla em inglês para “banda ultralarga”. Tal função permite que o acessório da “Maçã” não apenas identifique a posição exata do objeto perdido, como também ofereça direcionamento em tempo real de sua localização até a dele, tal qual um GPS. Usuários de iPhone reconhecerão isso pelo seu nome mais pomposo: “Precision Finding”, algo presente no iPhone 11 e modelos posteriores.
A versão caseira do acessório não suporta a UWB, então se você conta com essa parte de navegação, a novidade não vai lhe servir.
Fora isso, no entanto, os recursos oferecidos pela AirTag caseira são praticamente iguais aos da original da Apple. E, dependendo de como você encarar a situação, há também uma vantagem: elegantes como elas são, as tags originais são bem óbvias – brancas, gordinhas e com o símbolo da empresa de Cupertino impresso bem ao centro, elas são fáceis de serem identificadas e, claro, arrancadas.
A versão chinesa, no entanto, está longe de ter um design refinado. Ser o “patinho feio” das tags, no entanto, pode trabalhar a seu favor aqui, já que dificilmente alguém suspeitaria desse acessório primeiro, o que deve dar uma sobrevida ao processo de rastreio em, digamos, casos de roubo.
Seja pela original ou pela…bem…variante, essa é uma boa hora para sempre ressaltar: se algum objeto “tagueado” seu foi roubado ou furtado, leve a localização dele às autoridades policiais. Nada de sair perseguindo bandidos por conta própria – a gente não é o John Wick, ok?
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