Apesar da maior parte da crítica especializada ter sido negativa com ele, Super Mario Bros.: O Filme é um sucesso inquestionável: segundo o Box Office Mojo, no mercado estadunidense, já são quase US$ 445 milhões (R$ 2,21 bilhões) em faturamento de bilheteria, e nos números globais, a animação da Nintendo, Universal e Illumination já arrecadou mais de US$ 892 milhões (R$ 4,44 bilhões).

O criador do personagem, o game designer japonês Shigeru Miyamoto, disse à imprensa nipônica que, embora tivesse confiança no sucesso do filme animado, ele mesmo se mostrou surpreso com o quão bem ele se saiu. E mais: segundo o próprio Miyamoto, o fato de a crítica de cinemas ser tão, digamos, “brava” com a película na verdade contribuiu para que ela atingisse esses números.

“Eu tinha uma certa expectativa de que o filme se sairia bem. Mas eu fui surpreendido com ele ter ido além de tudo o que imaginei quando ele saiu. Você precisa ter um grau de sorte para atingir esse nível de sucesso com um filme. Apesar de muitos críticos estrangeiros terem dado notas baixas à animação, eu acho que isso acabou contribuindo para a sua notoriedade e divulgação.” – Shigeru Miyamoto, criador do Super Mario

Obviamente, nem toda crítica internacional foi ríspida com o longa: aqui mesmo no blog KaBuM!, nossa equipe foi só elogios, ressaltando o volume de referências e easter eggs que os veteranos dos jogos do encanador bigodudo nintendista poderão caçar ao longo do filme.

A coletiva de imprensa onde o game designer falou, inclusive, foi realizada como antecipação à estreia de Super Mario Bros.: O Filme no Japão. Chegando por lá pouco mais de um mês depois do resto do mundo, Miyamoto explicou que parte desse atraso veio pelo fato do time japonês da película ter cuidado da tradução de forma independente, então o que sair lá não será apenas uma “variação japonesa de diálogos”, e terá diferenças em relação ao resto do mundo.

Para ele, isso foi necessário para trazer uma sensação de maior pertencimento ao público local – afinal, Super Mario foi criado no Japão, onde fica a sede da Nintendo, e Miyamoto temia que algumas traduções ocidentais poderiam ser perdidas de tom para o público de sua terra natal.

“O que eu normalmente digo é que, nos videogames, nós valorizamos histórias que se pareçam com histórias reais, mesmo que elas não sejam. Elas são completamente ficcionais, mas parecem quase verdadeiras porque há um elemento de realidade nelas. Isso também vale para os dramas. Quando vejo que a parte mais importante, que é tornar a história mais real, é feita sem cuidado, isso me decepciona.

Então decidimos, lá no começo, que faríamos um roteiro japonês exclusivo. Ainda que tenhamos sido apresentados a um roteiro em inglês, seria meio entender as nuances mais sutis.”

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