STF ordena investigação contra executivos do Google e Telegram
Abertura de investigação vem após campanha das duas empresas sobre PL que propõe regulação de plataformas digitais no BrasilBy - Liliane Nakagawa, 15 maio 2023 às 15:23
Após o aplicativo de mensagens Telegram e o motor de busca Google publicarem campanhas sobre o PL das Fake News (projeto de lei nº 2 630/2020), o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou uma investigação aos executivos dos serviços na sexta-feira (12).
A ordem dada pelo juiz Alexandre de Moraes parte de um pedido de abertura de inquérito formulado à Procuradoria Geral da República (PGR) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, após publicação de posicionamentos de ambos os serviços em suas respectivas plataformas sobre o projeto de lei em tramitação no Congresso.
Segundo a ordem do ministro, a Polícia Federal tem 60 dias para realizar a investigação, com identificação e coleta de depoimento dos responsáveis nas empresas pela “campanha abusiva” contra o PL.
No pedido encaminhado ao STF, Lira afirma que as empresas usaram “todos os tipos de truques em uma campanha sórdida de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado”.
O Google se recusou a comentar o assunto, enquanto o Telegram não respondeu ao pedido de comentário.
A proposta em tramitação responsabiliza empresas de internet, incluindo mecanismos de busca e serviços de mensagens instantâneas, de identificar e retirar material ilegal e, caso contrário, estariam sujeitos a multas previstas na legislação.
Telegram e Google retiram campanha após ordem do STF
No início do mês, após uma medida cautelar determinada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o texto do Google sobre o PL das Fake News publicado pela empresa na página inicial do buscador foi retirada.
No início da semana passada, o Telegram seguiu a gigante das buscas e usou o canal de suporte para divulgar um texto com o posicionamento do aplicativo em relação à proposta. No dia seguinte, por determinação de Moraes, o conteúdo foi apagado.
Com informações Reuters e Mobile Time
Comentários