Pela terceira vez no ano, a empresa de streaming musical Spotify anunciou uma rodada de demissões, agora afetando 1,5 mil funcionários – ou 17% de sua força de trabalho. Segundo a empresa sueca, todos os impactados serão avisados ainda hoje (4).

Em um comunicado assinado pelo CEO Daniel Ek, a empresa justificou os cortes como uma forma de se preparar para “os desafios futuros”, afirmando que tomou a decisão de executar as demissões agora ao invés de “fazê-la em pequenas porções mais à frente”.

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Imagem mostra o logotipo do Spotify em um smartphone, com um par de fones em volta

Imagem: Mykolastock/Shutterstock

“Eu compreendo que, para muitos de vocês, uma redução deste porte parecerá surpreendentemente grande, considerando os nossos relatórios positivos de faturamento e o desempenho do Spotify. Ainda assim, considerando o espaço entre o nosso objetivo financeiro versus o estado atual de nossos custos operacionais, eu decidi que uma ação substancial para ajustar o tamanho de nossos vencimentos foi a melhor opção para os nossos objetivos. Ainda que eu esteja convencido de que esta foi a melhor ação para a nossa empresa, eu também entendo que isso seja incrivelmente doloroso para o nosso time.” – Daniel Ek, CEO do Spotify

Apesar de Ek afirmar “uma” ação substancial, como dissemos no começo deste texto, esta é a terceira rodada de demissões do Spotify em 2023. No começo do ano, foram 6% do contingente de empregados, seguidos de outros 2% em maio. Entretanto, esse corte dezembrista é o maior dos três já promovidos pela companhia.

De acordo com a documentação fiscal divulgada pela própria empresa, o Spotify teve um faturamento positivo no terceiro trimestre. O relatório de outubro afirmou um crescimento de 11% (ou US$ 3,6 bilhões / R$ 17,81 bilhões) e receita operacional de U$ 34 milhões (R$ 168,24 milhões). No trimestre anterior, a empresa sueca também aumentou sua base de usuários pagantes em 23 milhões – ou 574 milhões ano-a-ano – e um total de assinantes pagos de 6 milhões (16%) em relação ao mesmo período no ano anterior. O faturamento total foi ampliado em 11%, para US$ 3,2 bilhões (R$ 15,83 bilhões).

Não está claro como as demissões mais recentes serão distribuídas nos vários mercados de atuação do Spotify, entretanto, é seguro especular que parte disso refira-se ao Uruguai: uma legislação recentemente aprovada nos nossos vizinhos está forçando a empresa a deixar o país após uma disputa na remuneração de artistas presentes na plataforma de streaming.

A fim de amenizar a pancada, Ek disse que os demitidos partirão da empresa com um “pacote de desvinculação” equivalente a cinco meses de salários, bônus e benefícios.

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