Remake de Splinter Cell, da Ubisoft, perde diretor
David Grivel, que já dirigiu outros jogos da franquia Splinter Cell, disse em seu perfil no LinkedIn que era hora de “uma nova aventura”By - Rafael Arbulu, 17 outubro 2022 às 13:34
A Ubisoft perdeu David Grivel, o agora ex-diretor do remake de Splinter Cell, a franquia da empresa francesa para jogos de ação furtiva. O executivo comunicou sua saída da publisher em seu perfil oficial no LinkedIn. Grivel, que trabalhava na Ubisoft há 11 anos, não contou qual será seu próximo destino, limitando-se apenas a dizer que “é hora de buscar uma nova aventura”.
O primeiro jogo que viu o nome do diretor nos créditos foi Ghost Recon: Future Soldier (2012). De lá até aqui, Grivel trabalhou em três edições da franquia Far Cry (Primal, Far Cry 5 e Far Cry 6), bem como Assassin’s Creed Unity (2014). Antes destes, no entanto, ele ajudou no desenvolvimento de Splinter Cell: Blacklist – o último da franquia a ser lançado antes do remake atual.
Tanto Ghost Recon como Splinter Cell fazem parte da marca majoritária “Tom Clancy”, licenciada a partir do autor homônimo de livros de ação e espionagem. O mesmo guarda-chuva também resguarda as franquias Rainbow Six e The Division.
Pela sua experiência no setor, a Ubisoft achou uma boa ideia colocar David Grivel no comando do remake Splinter Cell, cujo desenvolvimento foi confirmado pela publisher francesa em dezembro de 2021. Recentemente, a Ubisoft anunciou a busca por um novo roteirista, que ficaria incumbido de atualizar a narrativa do jogo para um público mais contemporâneo.
Splinter Cell é centralizado nas missões de Sam Fisher, um agente de infiltração a serviço do chamado “Quarto Escalão”, uma divisão fictícia da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, especializada nas missões de alto risco e alta recompensa, espionagem, inteligência e, por vezes, não sancionadas pelo governo de forma oficial.
O primeiro jogo da série foi lançado em 2002, originalmente como uma exclusividade do primeiro Xbox, mas posteriormente levada ao Windows, macOS, GameCube, PlayStation 2 e até o Game Boy Advance. Sua sequência direta, Pandora Tomorrow, é uma das mais conhecidas e elogiadas do gênero até hoje, sem falar que também foi ela quem acendeu uma rivalidade com Metal Gear Solid, da Konami.
Entretanto, desde o lançamento de Splinter Cell: Blacklist, em 2013, a franquia não via uma nova edição. Apesar do jogo ter sido bem recebido por fãs e pela crítica especializada – com cerca de 80% das análises sendo positivas -, ele não foi livre de controvérsias quando, pouco antes de sua chegada, a Ubisoft anunciou que Michael Ironside, o dublador de Sam Fisher em todos os títulos até então, seria substituído por Eric Johnson. Disse a empresa que a troca foi necessária pois, enquanto Ironside apenas emprestava sua voz, Johnson também poderia fazer capturas de movimento, aumentando o grau de realismo do jogo.
Já para o remake, Splinter Cell deve ser desenvolvido sob a Snowdrop Engine – o mesmo motor gráfico que a Ubisoft aplicou em The Division, e que ela está usando na produção de Avatar: Frontiers of Pandora e um jogo ainda não divulgado da francesa, baseado na franquia Star Wars.
Devido ao fato do remake de Splinter Cell ainda estar em estágios iniciais de produção, é impossível determinar qual o impacto da saída de David Grivel da equipe – se é que há algum.
A Ubisoft não informou se já abriu buscas por um novo diretor ou se deve promover alguém da equipe atual ao posto.
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