A Ubisoft perdeu David Grivel, o agora ex-diretor do remake de Splinter Cell, a franquia da empresa francesa para jogos de ação furtiva. O executivo comunicou sua saída da publisher em seu perfil oficial no LinkedIn. Grivel, que trabalhava na Ubisoft há 11 anos, não contou qual será seu próximo destino, limitando-se apenas a dizer que “é hora de buscar uma nova aventura”.

O primeiro jogo que viu o nome do diretor nos créditos foi Ghost Recon: Future Soldier (2012). De lá até aqui, Grivel trabalhou em três edições da franquia Far Cry (Primal, Far Cry 5 e Far Cry 6), bem como Assassin’s Creed Unity (2014). Antes destes, no entanto, ele ajudou no desenvolvimento de Splinter Cell: Blacklist – o último da franquia a ser lançado antes do remake atual.

Tanto Ghost Recon como Splinter Cell fazem parte da marca majoritária “Tom Clancy”, licenciada a partir do autor homônimo de livros de ação e espionagem. O mesmo guarda-chuva também resguarda as franquias Rainbow Six e The Division.

Pela sua experiência no setor, a Ubisoft achou uma boa ideia colocar David Grivel no comando do remake Splinter Cell, cujo desenvolvimento foi confirmado pela publisher francesa em dezembro de 2021. Recentemente, a Ubisoft anunciou a busca por um novo roteirista, que ficaria incumbido de atualizar a narrativa do jogo para um público mais contemporâneo.

Splinter Cell é centralizado nas missões de Sam Fisher, um agente de infiltração a serviço do chamado “Quarto Escalão”, uma divisão fictícia da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, especializada nas missões de alto risco e alta recompensa, espionagem, inteligência e, por vezes, não sancionadas pelo governo de forma oficial.

Imagem mostra cena de Splinter Cell: Blacklist, o último jogo da franquia lançado em 2013

Splinter Cell: Blacklist foi o último jogo da franquia a ser lançado pela Ubisoft, em 2013 (Imagem: Ubisoft/Divulgação)

O primeiro jogo da série foi lançado em 2002, originalmente como uma exclusividade do primeiro Xbox, mas posteriormente levada ao Windows, macOS, GameCube, PlayStation 2 e até o Game Boy Advance. Sua sequência direta, Pandora Tomorrow, é uma das mais conhecidas e elogiadas do gênero até hoje, sem falar que também foi ela quem acendeu uma rivalidade com Metal Gear Solid, da Konami.

Entretanto, desde o lançamento de Splinter Cell: Blacklist, em 2013, a franquia não via uma nova edição. Apesar do jogo ter sido bem recebido por fãs e pela crítica especializada – com cerca de 80% das análises sendo positivas -, ele não foi livre de controvérsias quando, pouco antes de sua chegada, a Ubisoft anunciou que Michael Ironside, o dublador de Sam Fisher em todos os títulos até então, seria substituído por Eric Johnson. Disse a empresa que a troca foi necessária pois, enquanto Ironside apenas emprestava sua voz, Johnson também poderia fazer capturas de movimento, aumentando o grau de realismo do jogo.

Já para o remake, Splinter Cell deve ser desenvolvido sob a Snowdrop Engine – o mesmo motor gráfico que a Ubisoft aplicou em The Division, e que ela está usando na produção de Avatar: Frontiers of Pandora e um jogo ainda não divulgado da francesa, baseado na franquia Star Wars.

Devido ao fato do remake de Splinter Cell ainda estar em estágios iniciais de produção, é impossível determinar qual o impacto da saída de David Grivel da equipe – se é que há algum.

A Ubisoft não informou se já abriu buscas por um novo diretor ou se deve promover alguém da equipe atual ao posto.

via Videogames Chronicle

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