Meta é multada em US$ 402 milhões por violar privacidade de menores na Europa
Empresa de Mark Zuckerberg é acusada de violar a lei de proteção de dados da Europa ao permitir que menores criassem contas comerciais no InstagramBy - Cesar Schaeffer, 5 setembro 2022 às 18:09
A Meta foi multada em 405 milhões de euros (cerca de US$ 402 milhões) após uma investigação sobre como a empresa lidou com dados de adolescentes em suas plataformas.
Está é a segunda multa mais alta como consequência da aplicação da lei geral de proteção de dados da Europa (GDPR) e a maior já aplicada à companhia de Mark Zuckerberg, que agora soma três punições pela Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC).
Após uma investigação de quase dois anos, o DPC acusa a empresa de infringir a GDPR em dois momentos: primeiro, ao permitir que menores criassem contas comerciais no Instagram, o que torna suas informações pessoais (e-mail e telefone) públicas de forma automática na rede social. Mais do que isso, o Instagram também teria tornado públicas as novas contas de alguns jovens por padrão.
Meta se defende
A Meta diz ter atualizado a configuração de perfil público por padrão há mais de um ano e que “qualquer pessoa com menos de 18 anos automaticamente tem sua conta definida como privada quando entra no Instagram”.
“Esta investigação se concentrou em configurações antigas que atualizamos há mais de um ano, e desde então lançamos muitos novos recursos para ajudar a manter os adolescentes seguros e suas informações privadas”, disse um porta-voz da empresa ao Politico.
Segundo um porta-voz da DPC, detalhes da decisão serão anunciados na próxima semana, mas a Meta já declarou que discorda de como a multa foi calculada e pretende recorrer da decisão.
1, 2, 3 multas
Esta é a terceira e – como dito anteriormente – a maior multa que a CDP impôs ao império de Zuckerberg. A segunda multa mais alta veio faz pouco tempo também. Em setembro de 2021, a Meta recebeu foi condenada a pagar 225 milhões de euros acusada de não informar adequadamente seus usuários na União Europeia sobre como coletava e usava seus dados no WhatApp. A terceira, de 17 milhões de euros, veio por questões de manutenção de registros sobre violações de segurança.
Fonte: Politico
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