Scorn surgiu como uma ideia bastante incomum lá em 2014, quando entrou em financiamento coletivo para sua realização. Quem comandou o projeto foi o estúdio Ebb Software que surgiu com uma proposta incomum – e que vai levar os jogadores ao limite.

Isso porque uma das maiores características de Scorn é que ele não entrega nada do que fazer a seguir – ou simplesmente do que fazer. O jogador deve deduzir o próximo passo de acordo com a intuição, já que nada é dito.

Quer saber se o jogo vale a pena? O blog KaBuM! entrou de cabeça na aventura e conta em detalhes todos os pontos positivos e negativos do game. Vale lembrar que o título está disponível para PC e Xbox Series S/X – e pode ser jogado pelos assinantes do Xbox Game Pass.

Um mundo vivo

Scorn

Imagem: Reprodução

O mundo de Scorn é vivo e bastante incômodo graficamente falando. Utilizando uma atmosfera biopunk, é possível associar diversos elementos de jogatina ao Alien, monstro criado por H.R. Giger.

Tudo ali é vivo, mutável e apresenta certos elementos visuais que incomodam. Portanto, as cerca de 9 horas de jogatina serão regadas a muitos mistérios, visuais grotescos e muitas mortes.

Andar pelos locais é algo que você vai fazer muito, principalmente porque, como citado, o jogo não diz nada. Não há diálogos, áudios e nada que pode indicar para onde você está indo ou o que deve ser feito.

Scorn

Imagem: Reprodução

Isso pode trazer pontos positivos e negativos para o título. O jogador deve se basear nos elementos dos cenários para entender o que está acontecendo e o que pode ser feito – principalmente porque a maioria dos puzzles, que são o elemento principal do game, são interligados em grande parte do tempo.

O que devo admitir é que há uma certa liberdade em relação à ordem de resolução desses puzzles. Isso, sim, é bastante interessante. Mesmo com cada um tendo formatos diferentes, há uma interligação de tudo.

Combates sem brilho

Scorn

Imagem: Reprodução

Enquanto os cenários e a ambientação são os pontos altos do game, infelizmente não posso dizer o mesmo dos combates.

O jogador tem à disposição quatro armas: três de fogo e uma corpo a corpo. Essa última, inclusive, é considerada uma chave para alguns mecanismos de puzzles espalhados pelos cenários.

Fato é que os combates são cansativos e frustrantes – felizmente, são poucos durante o jogo. No entanto, as criaturas são bastante resistentes e oferecem um grau de dificuldade elevado.

Somando isso ao personagem, que é bastante lento – e leva bastante tempo para recarregar a arma e até para desviar dos ataques – tudo fica um pouco frustrante. Além disso, a munição, que é pouca, pode acabar a qualquer momento, fazendo com que seja necessário sair na mão com as criaturas.

Scorn

Imagem: Reprodução

Até é possível encontrar pontos para recuperar vida e munição em partes do cenário durante a exploração, mas a quantidade ainda é escassa – o que me lembrou bastante os jogos de survival horror, em que os recursos devem ser gerenciados para que não faltem.

De qualquer forma, essa dificuldade pode ser um ponto positivo para quem procura um desafio e mais imersão, já que o game não possui interface nenhuma na tela, a não ser quando as armas aparecem.

E aí, vale a pena?

Scorn

Imagem: Reprodução

Scorn é uma experiência única – e não é para qualquer um. Seja pela dificuldade ou pela temática incômoda, o game traz uma atmosfera de imersão pouco vista na indústria. Embora tenha alguns problemas, há um certo brilho na proposta.

Mesmo assim, fica o aviso: você provavelmente vai passar raiva para entender como tudo funciona. O começo pode ser difícil, mas depois de poucas horas, a ideia vai fazendo sentido e é possível deduzir o que fazer. Por isso, se curtir a proposta, insista.

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