Entenda por que a RTX 2060 com 12 GB pode ser o patinho feio da Nvidia

Lançada oficialmente na última terça-feira (7), após uma grande temporada de rumores e vazamentos, a RTX 2060 com 12 GB de memória ainda parece mais um fantasma do que um produto propriamente dito. Basta ver que, mesmo com inúmeras marcas apoiando o retorno turbinado da GPU, é quase impossível achá-la à venda no mercado global.

E isso nem é o mais estranho dessa história.

Lançamento inusitado

Ao que parece, nem mesmo a Nvidia parece muito segura na aposta deste relançamento, uma vez que quase nenhuma unidade da placa de vídeo com o dobro de memória da original foi disponibilizada para análise da imprensa especializada.

Os poucos reviews que você encontra na web hoje têm origem em jornalistas e analistas que deram a sorte de encontrar a GPU com algum fornecedor próximo. É uma estratégia muito diferente do que a dona das GeForce costuma fazer com seus lançamentos, que, em geral, são acompanhados de uma chuva de análises e comparações de seu poder de fogo.

Imagem: Asus

Mais um ponto que coloca em xeque a confiança da companhia na nova RTX 2060 é que a placa não conta com a já clássica Founders Edition, fabricada pela própria Nvidia. Ou seja, tudo ficou na mão de terceiros. Gigabyte, Asus, Zotac, Palit e outras marcas até fizeram barulho nas redes na terça (7), mas as prateleiras – virtuais e reais – continuam vazias.

Segundo fontes do site PCGamer, a expectativa da Nvidia é que a produção de suas parceiras cresça a partir do final de dezembro e continue assim até meados de janeiro, aumentando o estoque de placas disponíveis para o consumidor final.

Para quem é a RTX 2060 12 GB, afinal?

Talvez esse tempo de inércia do relançamento da GPU ajude justamente a responder essa pergunta. Não fica muito claro quem é o público-alvo de um hardware como esses, se é que há algum cliente específico.

Os gamers não só podem se virar muito bem com a RTX 2060 original ou sua versão Super – que trazem uma performance praticamente idêntica ao novo modelo –, como se aventurar pela geração RTX 30 ou explorar o custo-benefício das Radeon, da AMD. Há um leque bem completo de opções no lugar de investir em um projeto, digamos, recauchutado.

Um grupo que talvez se interesse mais pelo item é o de mineradores de criptomoedas. Afinal, os 12 GB de memória e o poder de processamento natural da placa abrem espaço para a mineração de blocos mais robustos e de diferentes moedas digitais. Como a nova GPU não parece contar com LHR, a sinergia pode ser um pouco maior.

Imagem: Executium on Unsplash

O problema é que, se esse último segmento realmente se interessar pela RTX 2060 turbinada, pode não sobrar muito do já escasso estoque para que outros consumidores experimentem a placa e tentem encontrar um bom uso para ela.