Riot Games processa (novamente) a Moonton em defesa de suas IPs
Na ação, Riot Games afirma que o estúdio chinês tem usado bens valiosos de LoL e Wild Rift no game Mobile Legends: Bang BangBy - Igor Shimabukuro, 11 maio 2022 às 12:22
O inevitável aconteceu: a Riot Games, dona do League of Legends, está processando a desenvolvedora Shanghai Moonton Technology Company. O motivo? A Riot acredita que o estúdio esteja se aproveitando de suas propriedades intelectuais nos lançamentos envolvendo a série Mobile Legends.
Nesta nova ação, a dona do LoLzinho afirma que a Moonton está engajada em uma “campanha deliberada e sustentada para aproveitar os direitos altamente valiosos da Riot no jogo móvel League of Legends: Wild Rift”.
Mas esse é apenas mais um episódio de uma batalha que começou anos atrás.
Riot Games x Shanghai Moonton
Em 2017, a Riot já havia entrado com um processo parecido. Na época, a companhia alegou que a Moonton “desenvolveu e distribuiu uma sucessão de jogos para celular projetados para negociar a propriedade intelectual bem conhecida e valiosa da Riot”.
As acusações iam além e também acusavam a desenvolvedora chinesa de mascarar essa atividade ilegal. Isso porque assim que a Riot Games notificou a Moonton, o estúdio retirou o game Mobile Legends: 5v5 MOBA da Play Store e logo em seguida lançou um “novo” título: Mobile Legends: Bang Bang.
Isso não seria problema, se Bang Bang não fosse praticamente o mesmo jogo, mas com pequenas alterações.
“No entanto, Mobile Legends: Bang Bang não era um jogo novo, mas na verdade era exatamente o mesmo jogo que Mobile Legends: 5v5 MOBA, com algumas mudanças modestas. Essa estratégia de ‘esconder a bola’ fazia parte do plano deliberado de negócios de Moonton, projetado para prejudicar a capacidade da Riot de proteger sua propriedade intelectual. Enquanto isso, embora Moonton tenha recebido vários avisos de infração da Riot, continua a infringir e lucrar com sua infração”, disse a Riot no processo.
O caso foi arquivado depois que um tribunal da Califórnia julgou que o assunto seria melhor tratado na China. A Tencent, controladora da Riot Games, entrou na jogada e ganhou um julgamento de US$ 2,9 milhões contra Xu Zhenhua, CEO da Moonton.
No entanto, Mobile Legends: Bang Bang permaneceu (e ainda permanece) disponível.
Novos desdobramentos
Por conta disso, a Riot Games decidiu novamente entrar em uma nova batalha jurídica com o estúdio chinês. Se antes as acusações envolviam “apenas” o LoL, agora também englobam o League of Legends: Wild Rift, título móvel lançado no fim de 2020. E, na verdade, há mais coisas por trás disso.
Não é apenas o jogo em si que a Moonton rouba, segunda a Riot. O processo alega que a desenvolvedora de Mobile Legends também copiou “materiais promocionais, trailers e até conteúdo de Esports” e que fez mudanças no logotipo de Mobile Legends: Bang Bang logo após a Riot ter alterado o logotipo de League of Legends.
Além disso, o processo também menciona semelhanças suspeitas entre personagens vistos originalmente no LoLzinho e heróis presentes no game móvel da Moonton.
“A Riot investiu e continua investindo tempo, dinheiro, recursos e criatividade significativos no desenvolvimento, design, promoção e atualização de LoL, Wild Rift e conteúdos relacionados. Enquanto isso, Moonton capitaliza livremente o investimento da Riot. E Moonton não é incentivado a inovar e criar material original, desde que continue a ser capaz de copiar da Riot. Permitir que Moonton continue a lucrar livre e injustamente com a criatividade da Riot viola diretamente os objetivos da Lei de Direitos Autorais e, sem dúvida, impedirá outros de fazer um investimento criativo semelhante no futuro”, alega a Riot Games.
Próximos capítulos
Em suma, a Riot Games busca uma liminar contra a Moonton para danos financeiros, incluindo todos os lucros obtidos com a infração e custos legais.
É incerto se o final da história terá o mesmo defecho de cinco anos atrás. Mas a dona do LoLzinho parece realmente empenhada em seguir adiante para evitar que League of Legends, Wild Rift e qualquer outra propiedade intelectual seja explorada por outras marcas.
Via: PCWorld
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