Ao longo de 2022, o desenvolvedor Luca “poncle” Galante lançou Vampire Survivors para diferentes plataformas: primeiramente o game chegou ao PC, depois ao Xbox One e Xbox Series X|S e, por fim, aos dispositivos móveis Android e iOS

Misturando elementos dos gêneros shoot ‘em up e roguelike, o título chamou atenção ao ponto de ser indicado em algumas das principais premiações do ano — ganhando a categoria de melhor jogo de ação do D.I.C.E. Awards, por exemplo.

Eis que o game enfim chega ao Nintendo Switch em 17 de agosto de 2023 juntamente de um recurso bastante aguardado: cooperativo local para até quatro jogadores. O modo foi adicionado simultaneamente em todas as plataformas, transformando a experiência de Vampire Survivors em um vício compartilhado.

E eu, que nunca tinha dado uma chance para o jogo antes, posso atestar que o vício existe de verdade. A prática de “só uma partidinha rápida” (que acaba virando 2 horas ou mais) é uma prova concreta disso, e eu caí diversas vezes nessa conversinha.

Sobrevivendo em meio ao caos

A jogabilidade de Vampire Survivors é simples de ser aprendida. O jogador pode escolher diferentes personagens — que são desbloqueados para compra conforme as conquistas são cumpridas —, e cada um deles têm habilidades, armas e atributos variados.

O cenário é imenso e gerado de maneira automática, repetindo elementos de propósito para que não exista fim. E seu objetivo é basicamente sobreviver o maior tempo possível contra hordas de criaturas de todos os tipos: esqueletos, morcegos, fantasmas, mortos-vivos, etc.

Imagem de Vampire Survivors

Imagem: poncle/Reprodução

Quando morrem, os inimigos deixam cristais pelo cenário e você deve apanhá-los logo que for possível, pois são esses itens que fazem o nível subir. Toda vez que isso acontece, o jogador pode escolher uma recompensa aleatória: melhorar a defesa, aumentar o dano da arma, agregar mais velocidade ao personagem, disparar um projétil extra, dentre outros.

Por sinal, um dos aspectos que mais gostei em Vampire Survivors é que você não precisa ficar apertando repetidamente um botão para o personagem atacar, não. O jogo faz isso automaticamente, permitindo focar melhor em outros aspectos de sua sobrevivência.

Os inimigos, por sua vez, causam dano apenas quando entram em contato com seu personagem. Então, é essencial evitar que as criaturas cheguem perto. Mas acredite: explicando assim pode parecer fácil, mas na prática é outra história.

Conquistar e coletar para sobreviver

[Review] Vampire Survivors adiciona modo cooperativo e transforma experiência em vício coletivo
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[Review] Vampire Survivors adiciona modo cooperativo e transforma experiência em vício coletivo

Além de cristais que sobem o nível do boneco, alguns objetos quebráveis deixam itens valiosos também, como coxas de frango para recuperar energia, moedas ou sacos de dinheiro, além de artefatos preciosos como um relógio que faz o tempo parar por alguns segundos, ou uma arma secundária temporária que despeja chamas em diversas direções.

Quando oponentes diferentes aparecem no cenário (geralmente eles brilham em uma cor diferente e são mais resistentes aos ataques), é possível que eles deixem baús que contém uma quantidade grande de ouro e entre um e cinco itens aleatórios.

É importante que você colete uma grande quantidade de ouro por sessão, pois é com essa moeda que você compra melhorias no menu inicial, podendo aumentar a força, a resistência e outros atributos de seus personagens logo no início da partida. Isso também vale para os personagens, pois, como mencionado anteriormente, eles precisam ser comprados.

Imagem de Vampire Survivors

Imagem: poncle/Reprodução

Cada partida tem duração máxima de quinze a trinta minutos, dependendo do estágio. Quando o jogador consegue resistir até o tempo limite, as criaturas começam a inundar o mapa, mais rápidos, maiores e mais fortes. Além disso, surge o monstro mais poderoso entre eles: a Morte.

O fator co-op de Vampire Survivors

O modo cooperativo local de Vampire Survivors torna a experiência ainda mais divertida e viciante, mas isso não significa que as partidas se tornam fáceis. Pelo contrário: os inimigos parecem mais agressivos e durante a onda final (que acontece perto do tempo limite), o desafio é ainda maior.

E por mais que jogar o game com outra pessoa localmente seja mais intimista e nostálgico, não vou mentir que fiquei pensando sobre como seria jogar em cooperativo online com outras pessoas (na Steam, pelo que pesquisei, é possível). Obviamente é um desejo passageiro, pois existe um sentimento especial sobre compartilhar uma partida de Vampire Survivors com alguém ao seu lado.

Em outras palavras, é um jogo ótimo para qualquer evento em sua casa, ou apenas para matar o tempo. Os gráficos são simples, existem inúmeras referências a Castlevania e à cultura pop (daquele tipo que você inevitavelmente dá um sorrisinho de canto quando percebe), a jogabilidade é simples, e a diversão e desafio são absurdamente garantidos.

Vampire Survivors é mais do que recomendado: é obrigatório ter na biblioteca! Além de ser um jogo muito barato — não passa de R$ 13 em qualquer plataforma —, nos dispositivos móveis é de graça com compras dentro do aplicativo. Tenho certeza que, quando você começar a jogar, vai se perguntar por que não deu uma chance antes.

Vampire Survivors está disponível para PC (via Steam), Xbox One, Xbox Series X|S, iOS, Android e Nintendo Switch. O jogo foi analisado no console da Nintendo por meio de uma cópia cedida pelo poncle.

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