[Review] Alan Wake 2 é um dos maiores e melhores jogos do ano
Alan Wake 2 conseguiu superar seu antecessor ao apresentar gráficos de tira o fôlego, personagens interessantes e uma misteriosa narrativaBy - Luiz Nogueira, 3 novembro 2023 às 15:41

Alan Wake é um dos jogos mais aclamados da Remedy. Portanto, quando o segundo título foi anunciado, muita expectativa foi criada em torno do projeto.
Eis que, em 27 de outubro, Alan Wake 2 foi finalmente lançado e os jogadores puderam conferir as histórias do personagem que dá nome ao jogo e Saga Anderson.
O blog KaBuM! se afundou nesta intrigante história e conta, em detalhes, o que esperar do game.
História
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
O jogo começa com Saga Anderson indo até Bright Falls para investigar um misterioso assassinato – que aparentemente tem ligação com um grupo chamado Seita da Árvore.
No local, a agente do FBI se vê em uma teia de acontecimentos misteriosos, que pode fazer até o mais corajoso dos jogadores suar frio, principalmente por conta de alguns acontecimentos.
É lá também que, há 13 anos, Alan Wake, um famoso escritor, desapareceu misteriosamente. De alguma forma, o caminho de Alan e Saga se cruzam e uma nova ameaça permeia a cidade em busca de transformar pessoas em monstros.
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
A grande questão do game, e um de seus maiores destaques, fica por conta da forma como as histórias se entrelaçam e como elas convergem em uma ameaça em comum – que ambos, à sua maneira, devem combater.
Enquanto as partes de Saga estão mais voltadas para a investigação, Alan parece preso a um pesadelo, já que há elementos constantes de survival horror.
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Com o uso de imagens perturbadoras, cenas em live-action e gráficos impressionantes – além de paisagens de tirar o fôlego -, a aventura se desenrola.
Aqui, podemos controlar os dois personagens, alternando entre eles a partir de certo ponto da história. É interessante ver essa mudança de atmosfera entre ambos.
As campanhas, apesar de unidas por alguns elementos, funcionam de maneira independente. Inclusive, a partir do momento em que é possível alternar, o jogador pode escolher seguir uma campanha única até o fim e depois voltar para finalizar a outra.
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Claro que isso tira a intenção da história de se interligar e apresenta reviravoltas, mas é uma funcionalidade bastante interessante.
Investigações e o Lugar Mental
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Como citado, o grande foco da campanha de Saga é a investigação dos acontecimentos de Bright Falls. Para ajudar com isso, ela conta com um Lugar Mental que, como o nome já diz, está dentro de sua cabeça, serve para compilar as pistas dos assassinatos.
Porém, Alan Wake 2 não se resume só a isso. Conforme os jogadores avançam na história, um verdadeiro dossiê de acontecimentos é registrado e pode ser consultado a qualquer momento para mais esclarecimentos.
Algumas ações, inclusive, só são destravadas após Saga pensar no assunto e colocar as pistas em seus devidos lugares. Isso faz com que a compreensão do esquema de coleta de informações seja entendida.
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Para mim, essa foi uma das partes mais interessantes do game. Além de sua atmosfera misteriosa, a parte das investigações e saber onde cada pista se encaixa foi um deleite.
O Lugar Mental também funciona como uma “sala segura” – embora o jogo não seja pausado quando se está lá. Por conta disso, é nesse local que os vídeos, documentos e itens coletados podem ser analisados. É aqui que os upgrades de armas podem ser feitos, inclusive.
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
No caso do Lugar Mental de Alan, temos algo muito mais minimalista. Aqui, há os upgrades e o quadro de investigação também, mas em uma proporção menor, já que sua campanha tem outro foco.
Além disso, há apenas uma única mesa no centro, que conta com a máquina de escrever de Wake. É a partir dela que sua história e escrita e muda conforme o desenrolar dos acontecimentos.
Liberdade de exploração e colecionáveis
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Pode não parecer, mas o game conta com diversos caminhos para chegar aos mesmos lugares em alguns segmentos. É neles que os segredos do game estão disponíveis.
É possível encontrar caixas de suprimento da Seita da Árvore, quebra-cabeças envolvendo histórias infantis e até lancheiras que permitem coletar itens para melhorar armas dentro do Lugar Mental.
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Mesmo que seja assustador, perca um tempo explorando os cenários em busca desses itens, eles serão bem necessários com o decorrer da trama. Inclusive, se achar que perdeu alguma coisa, é possível retornar para alguns lugares e explorar alguns locais que podem ter passado despercebido.
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
O jogo mesmo encoraja essa volta, já que há alguns puzzles e locais que necessitam de itens específicos para que possam ser acessados.
No entanto, como quase todo jogo com várias possibilidades, há alguns bugs. O que mais acontece é quando algum dos personagens cai de alguma altura, eles ficam presos momentaneamente em algum objeto invisível no local em que caíram. É algo que não atrapalha a jogatina, mas acontece.
Agora, um problema que afetou meu jogo diretamente foi durante um dos capítulos de Saga, em que estamos explorando uma casa. Lá dentro, entre uma cama e um armário, fiquei preso. Fui obrigado a reiniciar o game para conseguir voltar um pouco antes dessa parte.
Gráficos
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Apesar desses bugs, quero destacar a questão gráfica do game, que está impressionante. Não só os personagens são bem detalhados, mas os cenários e a paisagem que é vista ao longe também.
Como Alan Wake 2 é um game relativamente escuro, nos momentos de sol ou de entardecer as coisas ficam deslumbrantes. Isso se mostra mais presente na campanha de Saga, enquanto na de Alan, o que se destaca são os efeitos gerais.
Conclusão
Imagem: Luiz Nogueira/Remedy
Alan Wake 2 valeu a espera e é um dos melhores jogos do ano. Confesso que bateu uma certa nostalgia ao ver tantos elementos de survival horror reunidos. É com certeza uma experiência e tanto acompanhar a história dos dois pontos de vista.
Apesar dos pequenos bugs, o game conseguiu surpreender de diversas formas e, mesmo com o ritmo inicial lento para alguns, deve se consagrar como um dos maiores do gênero.
Vale lembrar que Alan Wake 2 já está disponível para PC, PlayStation 5 e Xbox Series S/X.
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