[Retrospectiva 2022] O que a chegada do 5G trouxe para o Brasil
Em 2022, o 5G chegou ao país trazendo maior velocidade de conexão na rede móvel; o blog KaBuM! testou a tecnologia desde o lançamentoBy - Cesar Schaeffer, 24 dezembro 2022 às 15:02
Este foi o ano do 5G no Brasil. Em outubro, a tecnologia de banda larga móvel de quinta geração foi finalmente ativada em todo o país – ou melhor, em todas as capitais. A novidade não só traz uma conexão mais rápida e imediata como também habilita uma série de novas soluções no país.
Além do smartphone, a tecnologia promete transformar inúmeros setores como varejo, saúde e a indústria, por exemplo. Segundo dados do Ministério da Economia desenvolvidos em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a tecnologia de quinta geração deve movimentar cerca de R$ 101 bilhões até 2031 e criar mais de 22,8 milhões de novos empregos até 2025.
O assunto foi pauta durante todo o ano no blog KaBuM!. Confira agora uma retrospectiva com as principais notícias sobre o 5G em 2022.
5G no Brasil em 2022
No início do ano, a previsão era de que 5G chegaria a 1 bilhão de usuários até o fim de 2022. A expectativa veio de dados divulgados pela GSM Association (GSMA) — organização responsável pelo Mobile World Congress (MWC) e que também representa os interesses de 750 operadoras de redes móveis em todo o mundo.
O ano chega ao fim e, sim, as expectativas foram alcançadas. Segundo dados do site Statista, o número de usuários do 5G ultrapassou 1 bilhão em todo o mundo. A América Latina responde por 12 milhões de assinaturas. A previsão é que esse número vença os 3 bilhões em 2025 e chegue a 4,3 bilhões em 2027.
De volta ao Brasil, no dia 6 de julho, Brasília foi a primeira cidade a usufruir do 5G por aqui. Em 29 de julho, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa também receberam a tecnologia. Em São Paulo, o 5G chegou no dia 4 de agosto e o blog KaBuM! teve a chance de experimentar a nova geração de banda larga desde o lançamento.
5G na prática
Para experimentar o primeiro momento da tecnologia por aqui, o blog KaBuM! foi para as ruas e fez o teste de conexão com duas operadoras que oferecem o 5G na capital paulista.
Para os testes, acessamos conteúdos do dia a dia, como redes sociais e até streaming de vídeo. Mas o grande destaque ficou por conta dos testes usando o xCloud, serviço de jogos em nuvem para os assinantes do Xbox Game Pass Ultimate.
Importante!
Vale citar que o 5G, aliado à alta velocidade e baixa latência para jogos online, pode consumir muito do pacote de dados. Assim, a gente também produziu um especial: conversamos com especialistas para tirar as principais dúvidas sobre este primeiro momento da nova geração de rede no país.
De volta aos testes…
O primeiro teste que realizamos, usando um Motorola Edge 30 – um dos aparelhos listados como compatíveis com o 5G – foi o de redes sociais. Para a navegação do dia a dia, não há muita diferença, principalmente porque os planos e velocidades de conexão atuais dão conta de tudo que esses serviços exigem.
A primeira diferença “de verdade” veio dos streamings. Ao acessar a Netflix com o 5G, o programa foi exibido da mesma maneira como se o episódio tivesse sido baixado para rodar sem internet (offline). Funcionou da melhor maneira possível – praticamente instantâneo – e sem qualquer travamento, mesmo quando estávamos em movimento pelas ruas.
Já no caso de download de aplicativos, por conta dos quase 1 Gbps de conexão em alguns momentos, tudo foi instalado muito rapidamente. Foi o famoso “piscou, baixou”.
Mas foi nos jogos em nuvem que a gente realmente se surpreendeu. Já pensou conseguir jogar o mesmo jogo que você joga no console da sua casa em qualquer lugar? É justamente essa a proposta do 5G, já que a conexão de quinta geração oferece latências muito baixas para os jogadores, o que pode ser o necessário para conseguir se dar bem naquele jogo competitivo, por exemplo.
Testamos a conexão jogando “Fortnite” e alguns outros títulos no xCloud, como “Hades”. O interessante é que um é online e outro offline. Porém, em ambos os casos, a resposta dos botões foi ótima e sem nenhum atraso entre o apertar de botões e a ação na tela – essa é a tal latência, que ficou próxima de 14 ou 15 milissegundos.
E o futuro do 5G?
Ainda há muito para a tecnologia evoluir no Brasil. Isso sem contar que tem muitos locais que o 5G ainda não chegou. Uma pesquisa recente da Ericsson mostrou as expectativas dos brasileiros em relação à quinta geração da banda larga móvel para 2023. Claro, a maioria espera uma conexão mais estável e com velocidades maiores de download.
Sobre a expansão da rede, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve disponibilizar o sinal em centenas de municípios logo no início do ano. O novo cronograma prevê o 5G em outras 26 cidades com mais de 500 mil habitantes já a partir de janeiro, quando outros 420 municípios em áreas ao redor delas também serão contemplados com a tecnologia.
Já quem mora em cidades menores vai ter que esperar mais um pouco; ou melhor, muito mais. O cronograma da Anatel indica que municípios com menos de 30 mil habitantes serão atendidos de forma gradual a partir de 2026.
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