Se tivéssemos de escolher uma palavra para resumir como foi o ano das grandes empresas de tecnologia (aka Big Techs), sem dúvidas essa palavra seria “treta”.

Começando pela Meta (ex-Facebook), que se envolveu em praticamente 80% das principais confusões que aconteceram durante o ano, a Elon Musk que, embora seja um indivíduo e tecnicamente não se encaixa na descrição de “empresa”, ele vale a exceção.

Se liga nessa linha do tempo que o blog KaBuM! preparou, com os principais feitos (e falhas) das gigantes da TI, para você relembrar 2021 no melhor estilo Michael Jackson comendo pipoca. Vamos começar?

 

 

  • Janeiro

O ano já começou com intenso com a invasão ao Capitólio, em um movimento que teve início nas comunidades do Facebook. Sim, as tretas envolvendo as empresas de Mark Zuckerberg já começaram logo no primeiro mês do ano e levaram o chefão da empresa sendo convocado para falar no Congresso sobre a questão.

Outros executivos de grandes empresas da TI também foram convocados a falar sobre o caso, porque também tiveram sua participação no embate, incluindo Jack Dorsey, que até então era CEO do Twitter; e Sundar Pichai, do Google, por conta do YouTube.

A pressão maior, no entanto, ficou com Zuckerberg: segundo investigação posterior divulgada no Washington Post, em 6 de janeiro os funcionários do Facebook foram inundados por mensagens de ódio e fake news, e notificaram a empresa sobre uma possível invasão.

  • Fevereiro

Ela novamente: a Meta, quando ainda era Facebook, foi acusada de inflar números de alcance de propósito, por meio do uso de contas falsas e duplicadas. Isso influencia diretamente a base de anunciantes (e o valor que eles pagam) à empresa.

  • Maio

Esse foi um marco na batalha Epic Games versus Apple. A treta começou em 2020, quando a Epic descontente com a taxa de 30% que a gigante de Cupertino cobra dos desenvolvedores, decidiu contornar o sistema de cobrança e jogando mais lenha na fogueira o que eventualmente culminou na retirar o Fortnite da App Store e em um processo que chegou em maio aos tribunais, com direito à depoimento do CEO Tim Cook e tudo.

Maio também foi marcado pela separação de Bill Gates e Melinda French, um dos casais mais antigos do mundo da tecnologia. Embora tivessem os seus motivos, a separação ainda pode impactar o futuro da Fundação Bill e Melinda Gates, que pode perder a sua copresidente e fundadora caso o ex-casal não consiga trabalhar juntos durante um acordo que deve durar um ano inteiro o futuro dirá quais outros desdobramentos esse fato pode trazer.

  • Junho

Elon Musk pode até ter sido nomeado “Pessoa do Ano” pela Time, mas não precisamos mencionar o número de polêmicas que envolveram o nome do executivo este ano. 

Ele, inclusive, conseguiu chamar atenção (para não dizer irritar mesmo) do grupo hacker Anonymous, por conta da influência direta que o executivo tem sobre o mercado de criptomoedas e o quão debochado ele costuma ser com os tuítes que provocam quedas bruscas e constantes na criptolândia.

E podemos dizer mais uma coisa? Não é só para criptomoedas que Musk costuma publicar posts debochados. 

  • Outubro

Depois das polêmicas, a Meta sofreu um apagão no início do mês de outubro que fez com que as suas três principais plataformas — Instagram, Facebook e WhatsApp — ficassem fora do ar o dia inteiro.  Isso não apenas rendeu uma dor de cabeça no dia, mas posteriormente. Aqui no Brasil, o Procon-SP chegou a multar a empresa em R$ 11 milhões pela indisponibilidade dos serviços.

Como se não fosse o bastante, um dia após o causo, ela teve de enfrentar o megavazamento feito pela ex-funcionária da companhia, Frances Haugen, que afirmou que “os produtos do Facebook ferem crianças, alimenta a polarização e enfraquecem a democracia”.

Este definitivamente foi o mês mais crítico para o Facebook e, não à toa, a companhia recebeu o título de pior empresa do ano.

  • Novembro

Mas você acha que acabou? Achou errado. A Meta está novamente no ringue, agora em uma batalha contra procuradores-gerais de estado nos EUA. Segundo o grupo de especialistas, o Instagram seria nocivo para a saúde mental de crianças e adolescentes e, por esse motivo, eles entraram com uma investigação contra a plataforma para verificar se a companhia violou as leis de proteção ao consumidor em benefício próprio.

Bom, nós avisamos que ela apareceu em 80% das principais tretas do ano.

Para variar um pouco o assunto, também em novembro a Apple e a Amazon foram multadas em mais de 200 milhões de euros na Itália. Segundo o órgão, uma parceria entre as empresas “proibiu vendedores oficiais e não oficiais de produtos Apple e Beats de usar a Amazon.it e para partes partes selecionadas de forma discriminatória”, restringindo o número de varejistas que poderiam realizar a venda dos produtos da gigante de Cupertino no e-commerce.

  • Dezembro

Para fechar o ano, não poderia faltar um acontecimento polêmico em que ele não participasse: Elon Musk foi a razão para ocorrer uma treta entre China e Estados Unidos.

O motivo? Segundo o governo chinês, dois satélites Starlink da SpaceX quase colidiram com a estação espacial chinesa Tiangong. O caso teria ocorrido em dois momentos: julho e outubro deste ano.

Mas apenas agora, em dezembro, Pequim se manifestou formalmente ao Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais, afirmando que “os satélites estão colocando em risco a vida e a saúde dos astronautas que estão a bordo da Estação Espacial Chinesa”.

Agora, oficialmente, damos início à nova temporada de fails — e, por que não, de sucessos — das Big Techs. Que os próximos 365 dias sejam de muita treta coisa boa.

Chegou até essa parte do texto e já é 2022? Sem problemas! Pega uma cadeira e sinta-se em casa, porque já já começa a cobertura da CES aqui no blog KaBuM!.

Enquanto você espera, aproveita e clica aqui para ver toda a nossa lista de retrospectivas deste ano.

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