O PlayStation VR 2, também conhecido como PS VR2, chegou com a proposta de revolucionar o segmento de realidade virtual nos consoles da Sony. Isso seria feito de diversas maneiras, como as câmeras na parte frontal do equipamento, bem como as mudanças internas em relação a seu antecessor.

O blog KaBuM! teve a chance de testar o PS VR2, junto de alguns de seus games, para atestar se, de fato, esse upgrade vale a pena.

Instalação

PS VR2 - PlayStation - Sony

Imagem: blog KaBuM!

Logo que a caixa é aberta, dá para se assustar: vem pouca coisa. Sim, temos uma pequena caixa com fones de ouvido intra-auriculares e um cabo USB-C, além, claro, dos óculos e de dois controles. Apenas isso.

Ao contrário do primeiro PS VR, seu sucessor é bastante minimalista e não precisa de diversos outros aparelhos para funcionar. Por conta disso, a instalação é uma das coisas mais simples de se fazer.

É plugar os óculos na entrada USB-C frontal do PlayStation 5 e ir seguindo os passos para a configuração inicial. E é justamente nessa etapa que temos um gostinho do que o novo equipamento da Sony é capaz.

Antes de mais nada, há algumas coisas que quero ponderar antes de falar mais detalhadamente da instalação.

A primeira delas está relacionada aos controles que acompanham o equipamento. Eles são bastante ergonômicos e se ajustam muito bem a qualquer pessoa. Eles possuem os mesmos recursos do DualSense do PlayStation 5. Portanto, espere feedback háptico e tátil em diversos momentos.

PS VR2 - PlayStation - Sony

Imagem: blog KaBuM!

Além disso, eles, assim como os controles da empresa, funcionam via bateria. Para carregá-la, usamos o cabo USB que acompanha o dispositivo. No entanto, são dois controles e apenas um cabo.

A empresa deve pressupor que temos um cabo que acompanhou o controle quando o console foi adquirido, mas, mesmo assim, é estranho mandar apenas um sendo que temos de carregar dois controles simultaneamente.

Outra questão está ligada aos fones que acompanham o dispositivo. Eles são plugados diretamente na parte traseira dos óculos. Aqui, fica o alerta: cuidado ao colocá-lo; já que há duas “travas”, uma é a conexão do fone em si e a outra é um pino de borracha para prendê-lo melhor. Tenha cautela aqui, pois isso pode quebrar fácil com um descuido.

O espaço também pode ser um problema, além de locais com muitos móveis ou equipamentos. Prefira lugares livres, com pelo menos 2 metros quadrados, para garantir uma experiência mais satisfatória e sem muitas interrupções.

Voltando à instalação, em uma das etapas, ele pede para mapear o ambiente para criar uma “área de segurança” para que o jogador não se machuque ao ir para um canto ou bater em algum objeto. Por isso, o local é mapeado e uma espécie de malha virtual é criada.

PS VR2 - PlayStation - Sony

Imagem: blog KaBuM!

É essa a área que você tem para jogar. Caso as câmeras frontais do equipamento – que são usadas nessa parte da configuração – detectem que o jogador está saindo do local demarcado ou está prestes a bater em algo, o jogo é automaticamente pausado e a visão muda para o que está acontecendo no mundo real.

Isso é ótimo para evitar alguns dos diversos acidentes envolvendo tecnologia de realidade virtual – e que tem vídeos espalhados por toda a internet.

No entanto, é importante lembrar que, mesmo assim, a recomendação é nunca se movimentar muito ou realizar ações muito bruscas, já que pode ser que o jogador acerte alguém que está passando pelo lugar ou simplesmente caia por perder o equilíbrio. Portanto, cuidado.

Imersão do PS VR2

PS VR2 - PlayStation - Sony

Imagem: blog KaBuM!

Passando a parte de configuração inicial, é hora de começar a verdadeira experiência. Assim que tudo está pronto, a tela inicial do PlayStation 5 é exibido nas lentes do PS VR2. Portanto, usando os controles, é possível navegar pelo menu normalmente mesmo usando os óculos.

O interessante disso é que é possível jogar games que não são de realidade virtual com os óculos – embora você tenha que substituir os controles do PS VR pelo DualSense padrão, já que os games normais não possuem suporte ao par de joysticks novos.

No entanto, essa pode não ser exatamente a melhor das ideias, por conta do calor. Embora o PS VR2 não esquente tanto seu corpo – ao contrário do primeiro VR da Sony -, ele ainda causa muito suor. É comum que as borrachas de vedação estejam encharcadas de suor após um tempo de utilização.

PS VR2 - PlayStation - Sony

Imagem: blog KaBuM!

Além disso, as lentes embaçam em alguns momentos justamente por conta desse suor. Por isso, faça pausas regulares no uso do equipamento, tanto para secá-lo quanto para diminuir o enjoo, principalmente porque, sim, você vai ficar enjoado no começo, já que alguns games possuem movimentos muito bruscos.

De qualquer forma, a imersão do equipamento é impressionante. As capturas de tela mostradas até agora não passam 1/3 da experiência oferecida pelas lentes OLED de resolução 2000 x 2040.

É tudo muito vivo, chamativo, mágico e com uma profundidade que não dá para acreditar. Posso parecer maravilhado nesta parte – e até exagerado -, mas é justamente essa sensação que quero passar. Essa, definitivamente, é a experiência de realidade virtual mais impressionante que tive até então.

Jogos

Resident Evil Village - PS VR2

Imagem: blog KaBuM!

Passei os últimos dias jogando alguns dos títulos lançados para o PS VR2. Dentre eles, escolhi três para falar sobre: Horizon Call of the Mountain, Moss: Book II e Resident Evil Village.

Começando pelo último citado, o Resident Evil – que é uma das minhas franquias favoritas. Achei que, por ter jogado à exaustão o oitavo game da franquia principal, a campanha no VR não teria diferenças. Pois quebrei a cara – felizmente.

[Review] PS VR2 é fácil de instalar e impressionante no que oferece
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Tudo está ainda mais vivo e impressionante. Me peguei admirando algumas das paisagens do jogo e me sentindo em um vilarejo da Europa, assim como Ethan em busca de Rose. Agora, uma parte que quero destacar é a presença de Lady Dimitrescu.

Jogando em uma TV, não tem como ter dimensão de seu tamanho. No entanto, com o VR, é necessário olhar para cima para vê-la por completo. É assustador!

O trabalho da Capcom em adaptar a campanha merece muitos aplausos, já que a experiência se tornou ainda mais assustadora que jogar o game da maneira tradicional. Até os mais corajosos vão se tremer com a ambientação do jogo no PS VR2.

Horizon Call of the Mountain é impressionante por outros motivos. Logo no começo vemos todo o potencial do jogo em impressionar. Enquanto estamos em um barco, passamos por robôs gigantes e paisagens de tirar o fôlego. A imersão é inacreditável e essa, com certeza, é uma das melhoras experiência de realidade virtual disponíveis até então.

[Review] PS VR2 é fácil de instalar e impressionante no que oferece
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Além disso, outro destaque para esse jogo é a presença do rastreamento ocular para controlar menus e outros detalhes. Isso garante ainda mais possibilidades para o jogador aproveitar o máximo tudo o que o PS VR2 pode oferecer.

Por fim, temos Moss: Book II, o jogo em que controlamos um rato fofinho em um mundo vivo, colorido e cheio de coisa para ver. Aqui, a proposta é diferente. O game é em terceira pessoa e, portanto, ficamos como um espectador vendo o ratinho – controlado por nós – se movimentando pelos locais.

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É o típico jogo de puzzle que exige algum raciocínio – embora seja quase impossível pensar logo de cara, porque você vai ficar babando pelos cenários e pelos detalhes de tudo.

E aí, o PS VR2 vale a pena?

PS VR2 - PlayStation - Sony

Imagem: blog KaBuM!

O PS VR2 me impressionou em todos os sentidos. Eles pegaram a experiência da realidade virtual e colocaram em um novo patamar – o que nos deixa ainda mais animados para o futuro.

Os jogos contam com uma boa imersão e, quando aliados às câmeras dos óculos e às diferentes vibrações dos controles, fazem com que a experiência seja ainda mais completa.

Como ponto negativo, posso citar o excesso de suor que ele pode causar e até o incômodo que seu peso pode causar após a utilização contínua por um longo tempo.

De qualquer forma, o lançamento da Sony é um passo em direção ao futuro da realidade virtual e em como sua utilização pode ser popularizada pela facilidade de utilização – embora seu preço seja quase o mesmo de um PlayStation 5.

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