A Apple é alvo de uma ação de classe no Reino Unido, avaliada em aproximadamente £ 1,6 bilhão (R$ 10,07 bilhões), que a acusa de “empurrar” baterias defeituosas nos novos iPhones. Segundo o processo, a “Maçã” estaria escondendo a prática por meio de atualizações de software que “mentem” sobre o desempenho real dos componentes problemáticos.

A ação (via Reuters) é movida por Justin Gutmann, conhecido nas cortes britânicas por tomar a frente de questões judiciais que envolvam o público consumidor em grande escala. Segundo ele, os reclamantes afirmam que a Apple estaria instalando ferramentas de gerenciamento de energia das baterias que limita a performance.

iPhone 14 Pro, da Apple - celular ótimo para tirar fotos lançado em 2022

Imagem: Framesira/shutterstock.com

Em um documento oficial onde nega as acusações, a Apple chamou o processo de “sem fundamento” e pediu que a classe jurídica britânica dispense o processo por completo. A empresa reconheceu que houve um caso onde alguns lotes iniciais do iPhone 6 (2014) foram distribuídos com baterias defeituosas, mas ela os identificou e ofereceu reposições gratuitas aos consumidores afetados.

Mais além, a bateria do modelo – mais velha – teve de fato uma redução de desempenho vinda do app de gestão energética (que foi introduzido em 2017), mas que essa queda não passava de 10%.

O advogado de Gutmann, Philip Moser, formalizou um pedido à Corte de Apelações do Reino Unido para que o processo fosse certificado. Esse é um passo necessário na legislação britânica para que ações judiciais sejam devidamente analisadas pelo sistema jurídico do bloco.

O interessante é que o argumento do advogado faz referência, segundo a documentação, a um processo similar sofrido pela empresa em 2020, nos EUA. Segundo Moser, a Apple não foi clara na época, negando-se a dizer que isso “nunca não aconteceu”. A Apple estaria usando o mesmo artifício no caso atual.

A empresa defendeu-se, referenciando a corte a um pedido de desculpas públicos emitido por ela em 2017, tratando justamente desse assunto.

Os especialistas responsáveis pelo caso agora deverão se reunir para votar pela validade da ação, mas isso ainda não tem um prazo determinado.

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