[Preview] Blue Protocol é um RPG de ação online deliciosamente caótico

O que acontece quando se reúne a desenvolvedora que é referência em jogos estilo anime como a Bandai Namco e uma das maiores publishers de MMORPGs do mundo como a Amazon Games? O resultado é Blue Protocol, um dos mais divertidos e caóticos RPGs de ação online que joguei.

Durante o Summer Game Fest: Play Days, o blog KaBuM! teve a oportunidade de testar Blue Protocol em primeira mão, além de bater um papo com Mike Zadorojny, líder da franquia na Amazon Games, que elucidou um pouco mais sobre o projeto. Confira abaixo a prévia e a entrevista.

O que é Blue Protocol?

A nova aposta da Bandai Namco em parceria com a Amazon Games é uma experiência deslumbrante. O RPG de ação online multiplayer permite que o jogador crie seu próprio herói para embarcar em um mundo rico em detalhes, dinâmico e fantástico.

Mike Zadorojny, que chefia a franquia na Amazon Games, inclusive afirma que Blue Protocol se destaca de outros MMORPGs pelo seu visual de anime, o mundo imersivo que “encoraja o jogador a explorar”, “a história profunda” e o grande plano sobre como a trama se desenrola.

Durante a conversa, Mike também cita a criação e customização de um herói próprio para fazer parte da aventura. Durante a versão de testes disponível no Play Days, tive a chance de experimentar um pouco da personalização de personagens e fiquei impressionada com a possibilidade de mexer em diversos aspectos da aparência da boneca que escolhi.

Porém, como o tempo de testes era limitado, não consegui brincar mais com o recurso da maneira que gostaria. Então, passada a degustação de personalização, escolhi um dos personagens pré-criados para a demonstração. Cada um deles pertencia a uma das classes iniciais que Blue Protocol oferece e todos estavam no nível 20.

As classes de Blue Protocol

Cada classe inicial do jogo conta com suas particularidades. A classe Égide Lacerante (Blade Warden), por exemplo, utiliza espada e escudo e é voltado para ataques de curta distância com uma defesa equilibrada. Já o Duplagressor (Twin Striker) utiliza dois machados, um em cada mão, e conta com ataques ferozes e contínuos.

A Passocerto (Keen Rider), por sua vez, é descrita como uma classe técnica com ataques de média e longa distância e que serve de apoio com seu arco e flecha. Existe ainda o Conjurador (Spellweaver), voltado a ataques de longa distância e indicado para equipes — e que parece ser difícil de dominar.

Imagem: Mike Zadorojny, líder da franquia Blue Protocol na Amazon Games

Por fim, a última classe é a Britador (Foe Breaker), focada em ataques de curto e médio alcance e que utiliza um martelo de muito peso. Na ocasião, não foi disponibilizado o Lanceiro (Blitz Lancer), classe que chegou junto ao lançamento do MMORPG no Japão. Então, minha escolha para a demonstração foi o Passocerto (Keen Strider).

E antes que você pense que as classes de Blue Protocol representam arquétipos clássicos de RPGs online — como suporte, tank e boneco focado em dano —, Mike explica que os personagens jogáveis do game não seguem esse estilo. Basicamente, tudo depende de como o jogador configura as habilidades de seu herói: “você pode misturar e combinar suas técnicas [da maneira que quiser] e elas vão se alinhar de modo que você possa jogar com estilos diferentes”.

Vale apontar que cada classe, claro, possui habilidades únicas e elas são obtidas conforme o nível de classe aumenta. Além disso, os níveis das habilidades desbloqueadas também sobem automaticamente. 

Como é a jogabilidade de Blue Protocol?

Depois de aprender como personalizar o personagem principal, o gameplay enfim tem início e eu pude conferir de perto a abertura do game: uma animação belíssima em anime com uma música tema cantada pela consagrada banda japonesa L’Arc en Ciel. 

Embora a abertura tenha sido uma experiência nostálgica, a jogabilidade de Blue Protocol foi o aspecto que mais me impressionou. No início dos testes, foi permitido explorar o mundo de Regnas à vontade, para que assim, eu pudesse conhecer a jogabilidade e suas mecânicas.

“Parece um cenário de fantasia muito tradicional e você vê pequenas dicas sobre tecnologias perdidas e coisas assim. Isso definitivamente vai se encaixar na história”, disse o líder da franquia, a respeito dos cenários e ambientação.

Nesta etapa da demonstração, consegui interagir com alguns personagens não-jogáveis (NPCs) e compreendi que nem todos podem falar. Quando o boneco tem opção de conversar, um ícone aparece e indica a ação. Blue Protocol também oferece montarias que auxiliam na exploração e no deslocamento do mapa, mas para utilizá-los, é necessário habilitá-los.

Pessoalmente, não sou a maior fã de mouse e teclado, mas durante os testes de Blue Protocol em um PC, senti que a jogabilidade é bastante intuitiva e dinâmica, com ícones personalizados para cada uma das habilidades, e muito bem distribuídos pela tela.

Também é possível confeccionar armas e equipamentos personalizados no game, mas infelizmente, não pude testar este recurso. De acordo com Mike, Blue Protocol oferece ainda uma mecânica de gacha em cápsulas que, basicamente, consiste em premiar o jogador com itens puramente cosméticos. “Eles são opcionais”, ele explica. “Queremos que o jogo seja divertido e justo. Assim você não precisa gastar um real e ainda pode ter acesso a todo o conteúdo”. 

Já os combates contra as criaturas encontradas pelo mapa, por sua vez, foram incrivelmente intuitivas e dinâmicas, muito por conta da ação em tempo real. 

Enquanto joguei sozinha, porém, não fiquei muito impressionada com as lutas. Felizmente, essa percepção alterou-se completamente quando os testes foram para a última etapa.

O multiplayer de Blue Protocol

Quando todas as pessoas presentes na sessão de testes foram reunidas em uma mesma partida, a experiência se tornou ainda mais interessante. As equipes de Blue Protocol permitem até seis jogadores simultâneos durante as masmorras.

Claro que também é possível jogar solo, mas trabalhar em equipe para completar missões e batalhar contra chefões é um dos diferenciais do game. Felizmente, durante a demonstração, entramos em uma masmorra, o que permitiu que a equipe continuasse junta do início ao fim.

De acordo com o líder da franquia, Blue Protocol conta com uma dificuldade adaptativa em masmorras, o que significa que dependendo da quantidade de jogadores em um mesmo grupo, mais desafiador a missão se torna, mesmo que você esteja em um nível mais alto que os dos inimigos. 

Além disso, toda a estratégia pode mudar, pois como o game oferece uma complexa árvore de habilidades, cabe ao jogador escolher quais ele quer atribuir ao personagem, podendo torná-lo mais agressivo, defensivo ou de suporte, de acordo com Mike.

Pessoalmente, um dos aspectos que mais curti na demonstração de Blue Protocol foi a caótica e deliciosa batalha contra o chefão da masmorra. Além de difícil, a luta realmente exigiu os esforços de todos os jogadores como um time.

Além disso, foi realmente gratificante poder combinar as habilidades com outros ataques, o que resulta em combos que, não apenas é um espetáculo visual, como também causam mais dano nos inimigos.

Embora tenha demorado um bocado, conseguimos derrotar o chefão e finalizamos a demonstração de Blue Protocol. Ao final da sessão, fiquei com um gostinho de “quero mais”, e agora, tudo o que me resta é esperar pela chegada do game no ocidente.

Quando Blue Protocol será lançado?

A Bandai Namco e a Amazon Games têm planos para atualizações adicionais no futuro. O cronograma conta com a adição de novos conteúdos em um ritmo regular, “incluindo algumas atualizações menores”, segundo Mike. Além de histórias inéditas e classes, há também “um passe de temporada gratuito com apenas três conteúdos e um sistema de nivelamento tradicional”.

Blue Protocol tem previsão de lançamento no ocidente para 2024 e oferece localização em português brasileiro. O download gratuito do game poderá ser feito via PC (Steam), PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Vale ficar de olho no beta fechado que tem previsão de acontecer ainda em 2023.