[Review] Pikmin 4 é um jogo de estratégia amigável e adorável

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom pode ter sido considerado o último grande lançamento de Nintendo Switch, mas eu diria que não foi. Apesar de ser um game de nicho, Pikmin 4 chegou e, junto com ele, foi revivida uma nostalgia por jogos de plataforma, mesmo este focando em estratégia, que há tempos eu não sentia.

Esse foi o retorno da série após uma década e, por conta disso, muitos fãs estavam ávidos por este título – embora posso adiantar que esse é um dos games mais amigáveis da franquia.

Dito isso, a Nintendo mandou uma cópia do jogo para o blog KaBuM!, que passou as últimas semanas desbravando todos os desafios deste encantador jogo e te conta, em detalhes, o que esperar de Pikmin 4.

História

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

Assim como nos games anteriores, a história não é o ponto alto de Pikmin 4. Aqui, um viajante do espaço, chamado Capitão Olimar, sofre um acidente em um planeta desconhecido. Com a ajuda de seu equipamento, ele envia um sinal de socorro para a Brigada de Resgate que prontamente vai a seu encontro.

No entanto, eles também acabam tendo complicações e caem no planeta, ficando perdidos. É aí que seu personagem entra. A missão é vasculhar o local em busca de todos que se perderam, consertar a nave e voltar para casa.

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

A questão é que tudo se complica, já que o planeta está infestado de ameaças que devem ser enfrentadas pelo jogador. Para isso, é possível ter a ajuda de Oatchi, uma espécie de cão alienígena que vai trazer bastante novidade para o gameplay, além, é claro, dos fofíssimos Pikmin, uma espécie de pequenas plantas de cores variadas.

É a partir disso que a aventura começa e leva o jogador em uma jornada em que pensar nas estratégias para vencer os inimigos é a chave para dar fim aos desafios.

Personalização de personagens

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

Pela primeira vez na franquia, os jogadores podem personalizar seu personagem para seguir pela aventura. Obviamente, não há tantas opções para mudança, apenas o gênero de quem você vai controlar, alguns tons de cabelo, penteados específicos e um punhado de rostos genéricos.

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

De qualquer forma, como se trata de um game cartunesco e mais puxado para o engraçado, não faz tanta diferença o que escolher. Mesmo assim, essa é uma interessante adição para um jogo que oferece um grande leque de outras possibilidades.

Missões do mundo e mecânicas

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

De maneira não linear, o jogador pode realizar as tarefas propostas pelos NPCs encontrados e ir avançando, pegando novas habilidades e explorando o vasto mundo.

É difícil até decidir o que fazer, já que são muitas possibilidades. São missões para explorar cavernas, os chamados desafios Dandori e expedições para buscar Pikmins perdidos, dentre outras atividades.

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

É na parte das mecânicas que o game se destaca. São tantas adições em relação aos games anteriores, ao mesmo tempo em que tudo se torna tão amigável para novos jogadores, que não tem como não dizer que esse é o foco.

O interessante também é que não temos níveis de dificuldade para escolher. O quão difícil é a missão vai depender da progressão no game e como os Pikmin são gerenciados nas batalhas.

No entanto, não se engane em relação a não ter nada muito complexo durante o jogo. Temos segmentos bastante complicados, mas que ficam como se fossem missões secundárias.

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

Por conta disso, caso o jogador queira apenas jogar a história principal para terminar o game – que tem, em média, 20 horas de duração -, provavelmente não vai se deparar com nenhum desafio realmente complicado.

Outro fator bastante interessante é a presença de um sistema para “voltar no tempo” caso algo dê errado. Portanto, não se preocupe em errar, perder muitos Pikmin ou gastar muitos recursos nas batalhas contra chefes, há sempre uma forma de voltar e corrigir o que aconteceu.

Há ainda muitos itens para coletar, o que diferencia a gameplay, já que os jogadores podem moldar a forma como controlam os personagens em batalha. Portanto, dificilmente uma gameplay será igual a outra, por conta dos itens coletados e da estratégia adotada para se dar bem.

Oatchi

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

Voltando a falar de Oatchi, ele é uma das mecânicas mais interessantes implementadas. Com a ajuda do cão, o jogador pode bater em inimigos resistentes, quebrar vasos para encontrar itens e até usá-lo como meio de transporte pelos mapas.

Ele é um poderoso aliado para as explorações e, apesar de te seguir como se fosse um Pikmin, possui suas próprias habilidades para ajudar o jogador, como farejar o mapa em busca de tesouros – que são muitos para coletar durante a aventura.

Quem gosta de investir em personalização também vai adorar a presença de Oatchi. O cão possui uma árvore de habilidades que melhora elementos específicos do personagem. Novamente, aqui, vemos o potencial de diversificação da gameplay, já que o jogador pode escolher no que investir com base na forma como joga – se mais ofensiva ou defensiva.

Tradução

Imagem: blog KaBuM!/Nintendo

Agora, quero destacar um elemento que me arrancou diversas risadas: a localização em português.

O trabalho é um dos melhores que já vi. Além de traduzir o game de maneira primorosa, há várias gírias e adequações para nossa língua que fazem diferença durante o jogo. Em um dos casos mais legais é o do Pikmin Pirilampo, um dos pequenos personagens que lembra muito um vaga-lume.

Além dele, temos personagens gerais com nomes engraçados, como o Pitibu e Pudow. Ambos claramente com foco em deixar tudo mais cômico para o público brasileiro.

Conclusão sobre Pikmin 4

Imagem: Reprodução

Pikmin 4 é uma adorável aventura para quem é fã ou quem deseja conhecer a franquia. Com mecânicas complexas, mas, ao mesmo tempo, amigáveis, o game traz uma atmosfera de títulos mais simples, que jogávamos há alguns anos.

Os personagens são carismáticos, há muita exploração e itens para coletar. É um prato cheio para aqueles que gostam de perder um certo tempo explorando cenários e farmando itens. O auxílio de Oatchi é muito bem-vindo e há diversidade nos segmentos em que ele deve ser usado.

Vale lembrar que Pikmin 4 já está disponível exclusivamente para Nintendo Switch.

Para realização desta análise, a Nintendo enviou ao blog KaBuM! uma chave do jogo.