A vida é feita de ciclos e nem mesmo softwares escapam disso. A mais recente prova disso é a aposentadoria oficial do icônico Internet Explorer (IE), que começa a valer a partir desta quarta-feira (15). Pioneirismo, popularidade, declínio e esquecimento foram alguns dos principais momentos vividos pelo navegador da Microsoft.

Breve história do Internet Explorer

Começo avassalador

Se toda história tem um começo, o início da trajetória do IE começou em agosto de 1995. Foi nessa época em que a Microsoft decidiu lançar seu primeiro navegador de internet. E como o próprio nome já sugere, a ideia da ferramenta era justamente desbravar esse ambiente até então desconhecido.

Compatível com o Hypertext Transfer Protocol — o famoso “HTTP” — e capaz de navegar pela internet por meio de links, o browser rapidamente tornou-se o “queridinho” dos internautas. A consolidação veio em 2003, quando o Internet Explorer alcançou uma fatia de 95% do mercado de navegadores.

Além do logo característico baseado na letra “e”, o design simples (porém funcional e intuitivo) do navegador certamente marcou a vida de internautas mais veteranos.

Internet Explorer

Imagem: Reprodução/Wikipedia

O declínio

O sucesso durou por longos anos, mas a vantagem perante os concorrentes ficou cada vez menor. Em 2010, o Internet Explorer ainda detinha 58% de market share do segmento, mas já começava a observar rivais como Firefox, Google Chrome e Safari no retrovisor.

Domínio Internet Explorer - Mercado de navegadores

Imagem: Divulgação/BrowserMedia

Com esse cenário, o inevitável aconteceu. Em 2012, o IE foi ultrapassado pelo Chrome e continuou a descer ladeira abaixo. Nos anos seguintes, a Microsoft também viu seu navegador perder espaço no mercado e ser ultrapassado por outras concorrentes.

O motivo do declínio? Os navegadores concorrentes traziam mais suportes aos novos softwares e aplicações e apresentavam desempenho relativamente superior. O ponto crítico, no entanto, foram os problemas de segurança apresentados pelo IE, tornando ataques e disseminação de spywares cada vez mais frequentes.

Neste sentido, corrigir tantas brechas de arquitetura trazia desafios cada vez maiores para a Microsoft e o suporte ao navegador não era lá dos melhores. Por falar nisso, o suporte da big tech ao browser ficou cada vez mais escasso com o passar do tempo.

Aposentadoria programada

Diante disso, não restou muita alternativa à Microsoft a não ser aposentar o Internet Explorer. O anúncio ocorreu ainda no ano passado, mas foi oficialmente concretizado apenas nesta terça-feira, 15 de junho de 2022. Em fevereiro deste ano, o market share do navegador representava apenas 0,47% do setor, segundo a Startcounter.

De acordo com a Microsoft, o IE está oficialmente aposentado e não terá mais suporte. Apesar de ainda estar disponível em dispositivos com Windows Server 2022 ou com sistemas operacionais mais antigos por meio de licenças longas, o browser deve ser descontinuado integralmente nos próximos meses.

Microsoft Edge, o novo sucessor

Por mais triste que seja a notícia para alguns, o Edge, que já vem sendo o principal browser da Microsoft há algum tempo, deverá ser o novo abrigo para remanescentes do Internet Explorer. Baseado no Chromium, ele é relativamente melhor do que o IE em diversos aspectos: desempenho, suporte e, principalmente, segurança.

Microsoft Edge

Imagem: Divulgação/Microsoft

A boa notícia é que o Edge traz o “modo IE” para que sites de web mais antigos possam ser acessados. E o suporte para esse modo vai se estender até 2029.

No mais, resta agradecer ao Internet Explorer por ter auxiliado na exploração da internet e por ter feito parte da vida de milhões de internautas.

Descanse em paz, IE.

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Francisco
15 de junho de 2022 23:21

Nunca entendi por que o Firefox perdeu a briga para o Chrome. Para mim o recurso mais legal (e ainda uso) é a senha mestra. Com ela você pode emprestar o PC sem se preocupar que alguém vá ver suas senhas, já no chrome, basta a pessoa (ex: Seu irmão) saber a senha do usuário logado no Windows, que o Chrome permite ver as senhas salvas no navegador.