Street Fighter é considerado um dos maiores jogos de luta de todos os tempos, sendo que muitos jogadores conheceram a franquia a partir do segundo título, lançado originalmente em 1991. Já o primeiro título da franquia não fez tanto sucesso quanto seu sucessor e era bem diferente do Street Fighter que conhecemos hoje.

Agora, a franquia da Capcom completou nada menos do que 35 anos em 2022. E, para uma data tão especial para o Street Fighter, a equipe do blog KaBuM! decidiu trazer algumas curiosidades e explicar como tudo começou. Confira!

Ryu em uma jornada

No primeiro Street Fighter, os jogadores assumem o controle de Ryu, um lutador de artes marciais em busca de provar o seu valor. Para isso, é claro, Ryu enfrentará outros mestres de artes marciais, só que em lutas com rounds que duram apenas 30 segundos.

Algo curioso na campanha é que, apesar de vermos alguns personagens famosos, a grande maioria deles nunca mais apareceu na franquia da Capcom. Como exemplo, pode-se citar o Geki e o Joe, que até fazem aparições em histórias, mas nunca se tornaram personagens jogáveis nos outros títulos.

Ryu vs Geki - Street Fighter

Imagem: reprodução/
Game Archive – No Commentary Gameplay

Apesar de só o Ryu ser declarado como o personagem principal e jogável, a verdade é que existia um certo código ou hack que permitia aos jogadores assumir o controle dos outros personagens vistos na campanha. Não somente isso, quando um segundo jogador entrava em ação, ele estaria assumindo o controle de Ken, que teria o título de homem mais forte do mundo.

Já o chefão do primeiro Street Fighter é um outro velho conhecido do público, sendo este o Sagat, ou melhor, o “Imperador do Muay Thai”, que também queria ser reconhecido como o melhor lutador do mundo.

Street Fighter teve controles inovadores

Assim como conhecemos até hoje, o primeiro Street Fighter também tinha três botões para chutes e outros três para socos. Entretanto, em algumas partes do mundo, uma versão Deluxe do título trazia um painel bem diferente.

Em sua versão Deluxe, o gabinete do Street Fighter trouxe botões com sensibilidade à pressão. Assim, os movimentos vistos no jogo correspondiam ao esforço físico do jogador feito para aplicá-los.

Botões do gabinete Deluxe - Street Fighter

Imagem: 空練 – 撮影者提供/wikipedia

Apesar da jogabilidade se mostrar interessante, a Polygon conseguiu relatos de funcionários da Capcom que admitem ter ficado exaustos ao jogar poucas partidas nesse esquema. Além disso, lendas de jogadores tendo dedos deslocados começaram a se espalhar e contribuíram para que esta versão do painel não se popularizasse.

Arcades não tinham instruções

A partir do Street Fighter 2 não era incomum que os jogadores encontrassem nos próprios gabinetes dicas de como executar os golpes especiais dos lutadores. Já no primeiro título, a Capcom deixou a cargo dos próprios jogadores descobrirem quais seriam esses movimentos especiais e como executá-los.

De forma geral, a ideia pode até parecer estranha, mas Ryu tinha apenas três golpes: Hadoken, Shoryuken e Tatsumaki Senpukyaku. Esses golpes, é claro, existem até hoje, mas o repertório do lutador está maior.

Apesar de hoje sabermos a maioria do nome dos golpes do Ryu em japonês, vale ressaltar que a versão internacional do primeiro título foi completamente dublada e, assim, o nosso querido Hadoken quase ficou conhecido como “Fireball”.

Ports para videogames

O primeiro Street Fighter foi portado para diversos computadores e videogames, sendo que seus principais ports foram para Commodore 64, ZX Spectrum, Amstrad CPC, DOS, Amiga, e Atari ST. Já algo curioso, é que o videogame TurboGrafx-CD também teve uma versão do título, mas com o nome “Fighting Street”.

Apesar dessa ser provavelmente a versão menos conhecida da franquia, o título foi visto em algumas coletâneas. Inclusive, a sua última aparição foi no “Street Fighter 30th Anniversary Collection”, lançado em 2018 para PCs e consoles.

Via: Streetfighter Fandom e Polygon

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