[O QUE ESTAMOS ASSISTINDO?] Escolha ou Morra, Succession e mais!

Com uma proposta interessante, Escolha ou Morra é uma das estreias recentes da Netflix. No longa, uma jovem decide reviver um jogo dos anos 1980 que promete um grande prêmio em dinheiro para quem conseguir vencer seus níveis. A questão é que, conforme os desafios são vencidos, há enormes riscos para as pessoas em volta da personagem. Isso porque ela deve fazer escolhas que refletem na vida dos outros. 

O longa é bastante interessante, apesar de previsível — e com inúmeros clichês do gênero. Num geral, é uma experiência válida para quem gosta de filmes no mesmo estilo de Jogador Número 1 e Escape Room.

O mais legal de um documentário é trazer novas perspectivas de pensamento. No caso desta produção sobre NFTs, é ainda mais bacana que tenha gerado respostas de especialistas em criptomoedas no CoinDesk, na Time e no Decrypt muito interessantes.

Não é fácil entender NFTs, os itens digitais únicos autenticados em blockchain, e também o cenário de criptomoedas como um todo. Esse universo complexo não pode ser simplificado e não há como negar que blockchain pode gerar impacto social positivo. Assim, para quem não tem medo de polêmica e quer aprender mais, este é um bom documentário mas que deve ser assistido já seguido da leitura das respostas, para julgar por si mesmo se o realizador está certo ou errado.

Diferentemente dos coleguinhas, não vim indicar um filme, série ou documentário que andei assistindo nesses últimos tempos, mas sim um canal no YouTube. O CGP Grey é um focado em desvendar curiosidades realmente interessantes do mundo real. Num vídeo, o youtuber tenta descobrir a melhor forma de desembarcar as pessoas de um avião, em outro a origem do nome Tiffany. Todos eles, sem exceção, te ensinam alguma coisa ou, pelo menos, dão munição para jogar papo fora na fila do banco.

Cada upload feito no canal tem uma extensa pesquisa por trás. O trabalho é tão grande que, vez ou outra, acaba se tornando o próprio assunto do vídeo. A má notícia é que o conteúdo está disponível apenas em inglês, mas dá para entender boa parte da brincadeira se você arranha aquele Duolingo diário.

Uma família completamente descompensada. Se eu tivesse que descrever a família Roy, essa seria a minha palavra única. ‘Mas que família não é descompensada, não é mesmo?’, você me pergunta. Mas não nesse nível, sério (acho que não a maioria das pessoas, pelo menos — eu espero). Essa é bem aquela família do estereótipo podre de rica, dona de um dos maiores conglomerados de mídia, que é sedenta por poder e também completamente fragmentada, com conflitos internos e fragilidades que compõem essa dinâmica desbalanceada.

É um drama (porque eu nem curto drama, como você deve bem ter notado), tem aquela pitada de humor sarcástico (que nem é muito minha praia, como você também deve ter notado) e um ‘quê’ de ‘minha nossa, que tá acontecendo?’ de descolamento da realidade — plot twist atrás de plot twist, absurdo atrás de absurdo, mas também umas nuances únicas que só assistindo para entender.