Em 2011, a Motorola passou pelo processo de cisão, que é quando a companhia se divide em duas ou mais áreas de atuação. Nesse caso, foram geradas a Motorola Mobility e a Solutions – com a primeira cuidando da divisão móvel da empresa.

Pouco depois, em 2012, o Google comprou a divisão de celulares por US$ 12,5 bilhões. Dois anos depois, o grupo chinês Lenovo adquiriu a divisão por US$ 2,91 bilhões, um valor abaixo do pago pela Gigante das Buscas porque a empresa decidiu manter as patentes da companhia de smartphones para si.

Desde então, a Motorola tem passado por uma onda de prejuízos até que, em 2021, voltou a crescer no cenário mundial. Agora, a estimativa é de que, em algum momento dos próximos anos, a companhia assuma a liderança de mercado apenas com aparelhos 5G.

Apenas para comparação, atualmente, o cenário brasileiro é dominado pela Samsung, com a Motorola e Xiaomi brigando pelo segundo lugar. Por último, há a Apple. Vale citar que esse ranking é baseado na receita de vendas, não necessariamente no número de unidades comercializadas.

Motorola

Imagem: T H Shah/shutterstock.com

Isso mostra que a estratégia de transformar seu portfólio com a chegada de aparelhos premium com 5G está funcionando – já que, atualmente, do total de vendas globais da companhia, 36% contam com a tecnologia de conexão de quinta geração.

Agora, se considerarmos o portfólio nacional atual da empresa, 60% dele já é composto por smartphones com 5G.

Fechamento do ano fiscal da Motorola

Logo da Motorola para ilustrar o Motorola Frontier

Imagem: viewimage/Shutterstock

Outro triunfo da companhia é em relação a seu fechamento de ano fiscal, divulgado em maio deste ano e referente a parte do ano anterior. A Lenovo estima que a receita global superou os US$ 360 milhões – considerado um recorde desde a compra da divisão.

De qualquer forma, o preço pode estar ligado às dificuldades na disseminação da tecnologia 5G no mundo, embora as empresas não vejam a situação dessa forma. As operadoras brasileiras, por exemplo, fizeram levantamentos que indicam que a adesão à conexão de quinta geração está mais rápida do que quando ocorreu a mudança do 3G para o 4G.

Via: Valor

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